A lama das barragens de minério que se romperam há 11 dias em Mariana, na Região Central de Minas, chegou às 8h desta segunda-feira em Aimorés, no Vale do Rio Doce. Por onde passa, seguindo a calha do Rio Doce, a lama deixa um rastro de destruição e os aimoreenses acompanham com tristeza a mortandade dos peixes. Os 2,8 mil moradores da comunidade de Santo Antônio do Rio Doce tiveram a captação de água suspensa. Já os 25 mil moradores de Aimorés não foram comprometidos pois recebem água do Rio Manhuaçu.
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A lama vai complicar ainda mais a situação do município, segundo o chefe da Defesa Civil local. É que em 10 de novembro o prefeito Alaerte da Silva já havia decretado situação de emergência em três distritos, São Sebastião da Vala, Conceição do Capim e Penha do Capim, por causa da seca. O Córrego Capim, que é afluente do Manhuaçu e abastece esses distritos, secou completamente e os moradores recebem água de caminhão-pipa.
O prefeito enfrenta outro dilema: A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Espírito Santo (OAB-ES), sugeriu à Samarco o desvio da lama de rejeitos para uma cratera da cidade, localizada às margens do Rio Doce.