Jornal Estado de Minas

Suspeitos de matar jovem em Vespasiano já tinham passagens pela polícia, diz delegado

A Polícia Civil apresentou na tarde desta segunda-feira os dois irmãos suspeitos de terem assassinado a adolescente Alexia Ester Loiola Barros, de 13 anos, além de ferir outras duas pessoas, uma de 15 e outra de apenas dois anos de idade. O delegado Sérgio Paranhos, responsável pela investigação, disse que os dois já tinham ficha criminal. Gleyson estava em liberdade há três meses, depois de cumprir pena por roubo e tráfico de drogas. Ele também tem passagens por lesão corporal e furto. Já o irmão tem registros na polícia por receptação e ameaça.

O tiroteio aconteceu em 12 de novembro, pouco depois das 13h, quando dezenas de alunos entravam na Escola Estadual Antenor Pessoa, na Rua 68, próximo à divisa com Venda Nova. A rua é o limite entre os municípios de Belo Horizonte e Vespasiano. O colégio é atendido pela Superintendência Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas foram socorridas até o Hospital Risoleta Neves.

Um dos disparos atingiu uma criança de apenas um ano e meio, que estava no colo da mãe.
A mulher havia acabado de deixar o outro filho na escola. L. E. M. V. ficou com uma bala alojada no abdomen. Ele não corre risco de morrer.
Segundo testemunhas ouvidas pelos militares, dois homens passaram em uma moto de cor preta, disparando contra as pessoas. Eles vieram de uma praça próxima ao local, atiraram contra um adolescente e fugiram, passando na porta do colégio. O primeiro a ser atingido foi G. H. B. S., de 15 anos, que foi ferido no tórax, braço e queixo. O adolescente também precisou passar por cirurgia.

Briga de gangues

De acordo com as investigações, Gleyson teria se irritado com o rival Adriano Alves Teixeira, de 19 anos, depois de ter sido insultado pelo mesmo.
A fim de se vingar, Gleyson e o irmão saíram em uma moto à procura dos rivais.

Próximo a uma escola, os irmãos avistaram um grupo com nove jovens, entre eles Adriano. Nesse momento, Gleyson, que estava na garupa, começou a atirar, atingindo a jovem de 13 anos, que não resistiu aos ferimentos, e a uma criança de dois anos, que estava no colo da mãe. Adriano ainda conseguiu fugir. A poucos metros do local do crime, Gleyson avistou em uma praça o adolescente de 15 anos, que pertencia ao grupo rival. O jovem ainda tentou argumentar com os irmãos, mas também foi atingido pelos disparos.

No celular de Gleyson, a polícia encontrou áudios em que o investigado fala sobre atividades referentes ao tráfico de drogas, assim como sobre o crime que vitimou a jovem de 13 anos.

Com informações de Rodrigo Melo e Cristiane Silva.