A lama de rejeitos de mineração que desceu da barragem controlada pela Samarco, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, segue causando devastação por cidades banhadas pelo Rio Doce. Para tentar amenizar a situação, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), decretou situação de emergência para todos os municípios atingidos diretamente com a tragédia na Região do Rio Doce. Com isso, os municípios podem realizar compras sem licitação e os moradores resgatarem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O decreto é válido por 180 dias.
Leia Mais
Deputados querem criar agência para regular e fiscalizar ação de mineradorasRecuperação de barragens ameaçadas em Mariana só ficará pronta no ano que vemMinistério Público Federal vê ameaça em Paracatu após tragédia em MarianaAção Civil Pública cobra da Samarco indenização de R$ 10 bilhões Em Colatina, água volta a ser captada do Rio Doce e abastecimento recomeça nesta segunda-feiraChegada da lama faz Colatina suspender captação de água do Rio DoceSamarco admite que barragens correm risco de rompimento; chuva agrava situaçãoAGU estuda entrar com ação contra a SamarcoPrefeitura de Mariana ainda não contabilizou número de doações PF abre inquérito para investigar tragédia com barragem em Mariana"Não é o caso de desculpas, mas de verificar o que ocorreu", diz diretor da SamarcoMesmo com contrato perto do fim, CBTU descarta paralisação do Metrô em BHOs moradores e os produtores rurais ganham mais vantagens.
Com a passagem da lama, municípios banhados pelo Rio Doce vêm sofrendo as consequências. Peixes estão morrendo e o abastecimento comprometido. Em Governador Valadares, a situação é a mais tensa. Por causa do corte no abastecimento, longas filas se formaram na cidade para os moradores receberem doações de água mineral. Confusões são registradas diariamente por causa da situação.
O abastecimento de água voltou no último domingo na parte mais baixa da cidade. Porém, muitos moradores ainda estão receosos em usar o recurso que foi contaminado com alto índice de ferro. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) garante que a água tratada tem total condição de uso, com laudos da Copasa ratificando as condições de potabilidade.
Parecer apresentado pelo Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) estima que a situação no Rio Doce deve continuar por aproximadamente 30 dias. .