Na coletiva de imprensa em que definiram 2016 como prazo para recuperar uma das barragens danificadas em Mariana, representantes da Samarco afirmaram que o maior desastre ambiental da nossa história não é motivo para pedir desculpas. O diretor de operações e infraestrutura da mineradora, Kleber Terra, chegou a lamentar o desastre, mas disse que o momento é de verificar o que ocorreu: "A gente teve um evento trágico. A Samarco também está envolvida e estamos muito solidários e muito sofridos com tudo que aconteceu. Nós também, nós somos funcionários desta empresa. Não acho que seja o caso de desculpa, acho que é o caso de verificar claramente o que aconteceu. Nós somos parte do processo, foi muito sofrido para todo mundo. A Samarco está fazendo seu maior esforço".
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Segundo a empresa, a prioridade da Samarco é consertar a erosão na barragem do Germano, a maior do local. “Com o esvaziamento (do Fundão), a Selinha (um dos três diques) sofreu a erosão. O atendimento é emergencial, e vamos reparar a partir do pé. Desenvolvemos uma rota para chegar lá, mas o material que está presente no interior da barragem não está consolidado. É um material formado pela poupa de rejeitos”, explicou. “Esse aterro de blocos de rocha será construído de baixo para cima, para escorar o dique. Vai durar 45 dias, aproximadamente.”
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