Centenas de pessoas vestindo camisas brancas com os dizeres “Justiça sim, desemprego não #ficasamarco” realizaram na noite desta terça-feira uma manifestação em prol da manutenção da atividade da empresa em Mariana, Região Central de Minas Gerais. O ato teve início na Praça Gomes Freire (Jardim) e seguiu em passeata pela Câmara Municipal, Fórum e prefeitura, onde encerraram aos gritos de “Fica, Samarco”.
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Moradores querem construção de 'Novo Bento' entre Mariana e o antigo povoadoGêmeos grafiteiros homenageiam vítimas do desastre de Mariana e cobram ações"Grande parte do Congresso é bancado por mineradoras", diz Zezé PerrellaManifestantes reivindicam permanência da Samarco em MarianaAcesso restrito às barragens da Samarco trava investigaçãoMP exige dados diários sobre estabilidade de barragensSamarco admite que barragens correm risco de rompimento; chuva agrava situaçãoMomentos depois de iniciada a concentração para o ato, por volta das 19h, funcionários da empresa chegaram à Praça Gomes Freire e engrossaram o número de participantes, sendo recebidos com aplausos.
O grupo rezou o Pai Nosso e cantou o Hino Nacional. “Quero Justiça, mas a Samarco deve ficar”, disse Poliana Aparecida de Freitas, uma das organizadoras do ato, reivindicando a permanência da mineradora na cidade para evitar o desemprego.
De acordo com o tenente Elione Souza, da Polícia Militar, que atuou no fechamento do trânsito e garantiu a segurança dos participantes, cerca de 1 mil pessoas participaram da manifestação. No trajeto, o grupo convocou comerciantes, taxistas e outros moradores para engrossar a manifestação.
Diante do Fórum, pediram a promotores e juízes que apoiem a permanência da Samarco na cidade. Uma funcionária da mineradora fez um apelo emocionado: “Estamos supernervosos; temos filhos, escolas para pagar; estamos apreensivos.
Durante a manifestação, foi distribuído um manifesto com a frase “agora, o momento é de recomeço; de reconstrução!” Segundo o texto, trabalhadores e moradores sabem “da responsabilidade que deve e tem de recair sobre a Samarco pela dor, mortes e destruição”. Ainda segundo o documento, a cidade “depende” do funcionamento da mina “para manutenção da atual condição de vida” da população”..