Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff explicou que, 13 dias depois do rompimentos da barragem da Samarco em Mariana, o governo federal ainda não mensurou o impacto do problema ambiental, no que já é considerado o maior desastre ecológico da nossa história. Ao lado dos governadores de Minas Gerais Fernando Pimentel e do Espírito Santo, Paulo Hartung, Dilma informou que o governo monitora, prioritariamente, o risco de novos rompimentos e a qualidade da água no Rio Doce, e afirmou que o planejamento para recuperação do bioma segue incerto. "Não temos a noção de quanto tempo vai levar para recuperar (o ecossistema da bacia do Vale do Rio Doce). A tragédia já deixou 11 mortos e outros 12 desaparecidos.
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Não há riscos
O governador Fernando Pimentel afirmou que sobre a lama que afetou a bacia do Rio Doce está sendo construído um plano de ação que envolva, inclusive, os outros estados. Para Pimentel, do ponto de vista emergencial tudo que pode ser feito está sendo providenciado. “Nós estamos começando a tratar com a questão de longo prazo.
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, afirmou que é necessário tempo para verificar os valores dos danos. Segundo ele, será cobrada a responsabilidade da empresa, mas é necessário que toda a extensão do problema seja mensurado e como a lama ainda avança não dá para ter noção do todo do problema. Hartung disse que um trabalho com os comitês de bacia tanto em Minas, como no Espírito Santo deve ser feito.