“O material foi solicitado pelo pessoal técnico do IC e os responsáveis pela mineradora se prontificaram a entregar as cópias. São vários documentos, entre os quais, as plantas da barragem que rompeu”, explicou Bustamente.
O delegado considerou o procedimento como de rotina dentro das investigações. Esses documentos vão servir para a elaboração do laudo pericial, que vai servir de base na conclusão do inquérito policial. Bustamante disse que não fez uma análise prévia das plantas, pois o material traz informações técnicas de engenharia e geologia, que depende da avaliação de pessoal especializado.
“No IC temos pessoal de engenharia e lá que vão decidir se será necessária qualquer outro tipo de consultoria. No meu caso, aguardarei os laudos, que vão responder às dúvidas levantadas no inquérito”, explicou.
O prazo inicial para conclusão das apurações é de 30 dias depois do rompimento da barragem. Mas de acordo com o delegado, trata-se de um inquérito complexo, e serão necessários pedidos de dilação de prazos à Justiça. "Vamos cumprir todos os prazos processuais", assinalou Bustamante
Além dos laudos técnicos do Instituto de Criminalística, de necrópsia do Instituto Médico Legal, são juntadas ao processo de investigação as declarações de representante da mineradora, pessoas atingidas, testemunhas, entre outros.
Rodrigo Bustamante disse que diariamente equipes da Polícia Civil têm realizado levantamentos na sede da Samarco. Segundo ele, casos de apreensões de documento ou qualquer outro material só se justificaria se a empresa não estivesse cooperando. Nesse caso, seria solicitada ordem judicial. Ele ainda destacou que o inquérito policial é independente das apurações de outros outros órgãos, como Ministério Público, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que também têm solicitado cópias de documentos técnicos da mineradora.