O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou nesta quarta-feira que abriu dois inquéritos para investigar as repercussões trabalhistas decorrentes do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, em 5 de novembro. Um dos inquéritos vai apurar as condições do ambiente de trabalho e o outro, as relações trabalhistas. Foi cirado um grupo com procuradores titulares de dois inquéritos.
O grupo já está realizando amplo trabalho de levantamento das condições fragilizadas e articulando as providências a serem adotadas em relação às condições de trabalho e à proteção do emprego em toda a extensão atribuída ao Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais.
Ainda de acordo com o MPT, além de funcionários da Samarco, integram o rol de prejudicados os empregados de empresas terceirizadas e as comunidades de trabalhadores prejudicados e atingidos, inclusive aqueles que viviam da pesca e da agricultura familiar.
O grupo já se reuniu com representantes de sindicatos profissionais, do Ministério do Trabalho e da Secretaria de Saúde e nessa na quinta-feira deve se reunir com representantes da Samarco. Será realizada, ainda, uma audiência pública.
O grupo, que é composto por três procuradores do Trabalho, também está fazendo a articulação com outros órgãos que envolvidos na investigação do caso, como Ministério Público do Estado, Ministério Público Federal, Ministério do Trabalho, sindicatos profissionais e secretarias de governo.
O MPt enfatiza que, "embora referidos órgãos e instituições tenham em mira, até aqui, a reparação e a prevenção de danos socioambientais, as questões trabalhistas estão intrincadas em toda a gama de lesões perpetradas, merecendo igual e pronta atenção do estado".