Mariana – Pelo menos mais 50 dias é o prazo que a população dos distritos de Mariana e demais comunidades da região afetados pela lama da Barragem do Fundão terão de esperar para ter os acessos viários restabelecidos. Por causa da enxurrada de rejeitos, 10 pontes nessas localidades foram destruídas e a ligação entre os povoados está bloqueada. A reconstrução será feita pela mineradora Samarco, que estipulou o tempo no início da semana e já deu começo à instalação da primeira estrutura, entre o distrito de Paracatu de Cima e os de Águas Claras e Cláudio Manoel. Mas, mesmo com as primeiras intervenções e o estabelecimento da meta por parte da empresa, a expectativa da Prefeitura de Mariana é de que a estimativa, que termina em meados de janeiro, precise ser estendida por causa das condições climáticas. No fim da tarde de ontem, por exemplo, foi registrada uma forte chuva no município.
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O atendimento de saúde, segundo ele, vem sendo prestado aos moradores dessas localidades em Mariana, passando por um distrito que cruza a cidade de Alvinópolis. “O problema é que transportar tantos estudantes seria um processo dispendioso e extremamente cansativo para os alunos, já que são 72 quilômetros a mais de estrada de terra”, avalia o assessor. Ele ainda estima que o valor inicial de R$ 100 milhões, calculado pela Samarco, não será suficiente para repor todas as estruturas. Toda a despesa será de responsabilidade da mineradora.
No dia da tragédia, ficaram também destruídas em Mariana as pontes que ligam os povoados de Camargos e Bento Rodrigues; Monsenhor Horta e Ponte do Gama; Paracatu de Baixo a Águas Claras e Campinas (conhecida como ponte do Bucão); além da ligação entre Campinas e Barretos. No percurso até a cidade vizinha de Barra Longa foram mais cinco dessas passagens levadas pela enxurrada.
TRINCHEIRAS Além do problema das pontes, moradores da zona rural enfrentam outro agravante para se deslocarem. É que, com as estradas tomadas de lama, a alternativa para liberar as vias foi abrir caminho em meio ao barro dos rejeitos, que permanece amontoado nas duas margens das estradas.
Questionado sobre quando toda essa lama será retirada e para onde ela será levada, o representante do setor de transportes de Mariana não tinha respostas: “Essas são perguntas que eu faço todos os dias. A Samarco está com muitas máquinas trabalhando na região, mas é lama demais. Além disso, tem o agravante da chuva, que é necessária, mas, neste contexto, complica a situação um pouco mais”, afirmou o secretário..