Familiares e amigos de vítimas desaparecidas no rompimento da barragem da Samarco, controlada pela Vale e a australiana BHP, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, fazem um protesto na manhã desta sexta-feira. Os manifestantes pedem que as buscas pelos corpos não sejam interrompidas e criticam a forma como os bombeiros estão trabalhando. O grupo seguiu em passeata até a porta da empresa.
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Samarco descumpriu exigências do Ibama ao construir barragem que rompeuEntrega de água para moradores em Colatina termina em confusãoBatalhão aéreo dos bombeiros auxilia moradores isolados por tragédia em Mariana"É uma visão aterradora", diz educador ambiental sobre chegada de lama ao marMunicípios mineradores estão em estado de tensãoLama de rejeitos afetou pelo menos mil hectares de áreas de preservação permanenteProjeto de Anastasia destina recursos de multas por desastres para áreas atingidasDe acordo com a dona de casa Aline Ferreira Ribeiro, de 33, irmã de Samuel Vieira Altino, apenas buscas visuais são feitas. "Fiquei sabendo que eles vão encerrar as buscas em seis dias" afirmou. "A área é muito grande para apenas 21 bombeiros" reclamou. Durante a caminhada, os manifestantes gritaram 'Samarco assassina'. O grupo parou em frente à sede da empresa, onde esperam a chegada de algum militar do Corpo de Bombeiros para falar sobre o assunto.
Os bombeiros negam que as buscas estão sendo interrompidas.
No momento, a contagem oficial continua sendo de 11 mortos, sendo sete corpos identificados e quatro aguardando identificação. O número de desaparecidos é de 12: nove funcionários e três moradores. .