Mais uma ação popular na Justiça Federal pede o bloqueio de R$ 2 bilhões da Samarco, empresa controlada pela Vale e a australiana BHP, por causa do rompimento da barragem de Mariana, na Região Central de Minas Gerais. O advogado que entrou com a medida afirmou que o dinheiro é para ser usado na restauração do meio ambiente e do patrimônio cultural atingido pela lama de rejeitos. Essa foi a segunda ação popular pedindo indenização por causa da tragédia impetrada somente nesta semana.
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Lama de rejeitos afetou pelo menos mil hectares de áreas de preservação permanenteProjeto de Anastasia destina recursos de multas por desastres para áreas atingidas Sebastião Salgado vem a BH discutir recuperação do Rio DoceSamarco descumpriu exigências do Ibama ao construir barragem que rompeuPrefeitos buscam repasses de R$ 1 bilhão e mostram preocupação com perda de empregos e tributosDetentos de Ubá limpam ruas depois de forte chuva na cidadeBombeiros asseguram que buscas por desaparecidos em Bento Rodrigues vão continuarSegundo o defensor, mesmo com as medidas do Governo de multar em R$ 250 milhões a Samarco e do Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) terem feito um acordo de R$ 1 bilhão, a ação é válida. “Primeiro, o R$ 1 bilhão não consegue salvaguardar todo o patrimônio ambiental que foi devastado pela tragédia. O meu pedido não é uma sanção pelo descumprimento daquela regra é para a restauração do estado anterior ambiental e retirada da lama dos rios”, comentou o advogado. A ação não tem data para ser julgada.
A Justiça Federal analisa uma outra ação popular. O juiz Cláudio José Coelho Costa, titular da 12ª Vara da Justiça Federal, pediu que o Ministério Público Federal (MPF) detalhe, em 20 dias, as medidas que estão sendo tomadas pelo órgão para a reparação dos danos ambientais provocados pelo rompimento da barragem da Samarco.
A Ação Civil Pública foi protocolada na segunda-feira na Justiça Federal de Minas Gerais. Mesmo não tendo relação com a tragédia, já que o grupo é da Bahia, a ADIC achou relevante acionar a Justiça para pedir a indenização. Na petição, a associação, que é identificada como entidade civil de direito privado de defesa do consumidor, pediu a indisponibilidade do recurso, que a mineradora seja condenada por dano moral coletivo, com valor estipulado pela juíza, e o pagamento de pensões aos familiares dos falecidos. .