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Estado de Minas

Lama de rejeitos já toma 10 quilômetros mar adentro no Espírito Santo

A lama com rejeitos de minério vinda pelo Rio Doce atingiu o mar no domingo. Prefeitura de Linhares interditou as praias de Regência e Povoação


postado em 23/11/2015 16:30 / atualizado em 23/11/2015 20:07

A população de Regência e Povoação vive da pesca e do turismo e tem as atividades prejudicadas com a água barrenta que avança sob o mar(foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
A população de Regência e Povoação vive da pesca e do turismo e tem as atividades prejudicadas com a água barrenta que avança sob o mar (foto: Gabriela Biló/Estadão Conteúdo)
A lama de rejeitos da mineradora Samarco já tomou mais de 22 quilômetros do litoral do Espírito Santo. De acordo com o governo do estado, são 15 quilômetros ao Norte, sete ao Sul e 10 mar adentro. A prefeitura de Linhares interditou as praias de Regência e Povoação após a chegada lama e colocou placas ao longo das praias informando que a água está imprópria para o banho.

A lama com rejeitos de minério vinda pelo Rio Doce atingiu o mar no domingo, segundo informações da prefeitura. A população de Regência e Povoação vive da pesca e do turismo e tem as atividades prejudicadas com a água barrenta que avança sob o mar.

Na sexta-feira (20) o titular da 3ª Vara Civil de Linhares, juiz Thiago Albani, determinou que a Samarco retirasse as boias de contenção instaladas e abrisse a foz do Rio Doce para que a lama de rejeitos se dissipe no mar. Para a decisão, foram ouvidos técnicos ambientais do município e de órgãos como o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

A Samarco divulgou nota informando que toma as providências definidas pelo Ministério Público, Iema, Instituto Chico Mendes e Tamar, de modo a direcionar a lama para o mar e proteger a fauna e flora na foz do Rio Doce.

De acordo com a nota, a empresa fornece equipamentos para abertura do banco de areia que impede a chegada do rio ao mar no lado sul da foz. "Quatro máquinas trabalham 24 horas por dia nas escavações, com apoio de uma draga e bombas que ajudam no bombeamento da pluma”.

O documenTo informou também que a barreira de contenção continua sendo instalada nas margens do rio com o objetivo de proteger a fauna e flora, sem impedir o escoamento da lama para mar.

 

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A primeira versão deste texto trazia a informação de que a lama havia tomado 77 quilômetros do litoral do Espírito Santo, de acordo com o secretário de estado de Meio Ambiente do Espírito Santo, Rodrigo Júdice. Ele corrigiu a informação e este texto foi editado novamente às 20h06.


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