As desovas de tartarugas marinhas no litoral do Espírito Santo estão sendo transferidas para áreas seguras de reserva biológica, de acordo com o secretário de estado de Meio Ambiente do Espírito Santo, Rodrigo Júdice. Ele definiu a mancha de lama que avança da foz do Rio Doce em direção ao Oceano Atlântico como "uma cena lastimável”. Na tarde de hoje, ele sobrevoou a região na companhia da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a presidente do Ibama, Marilene Ramos e o coordenador do Projeto Tamar, João Carlos Thomé. A atividade é uma das ações de monitoramento dos rejeitos no mar, trabalho que recebe amanhã a presença de um navio oceanográfico da Marinha Brasileira que vai acompanhar a reação do oceano diante do “mar de lama”. Tudo vai depender dos ventos, movimento de marés, e da deposição de sedimentos”, afirma o vice-presidente da Bacia Hidrográfica da Foz do Rio Doce, Carlos Sangália.
Até essa tarde, os rejeitos já haviam avançado 15 quilômetros ao Norte, sete quilômetros ao Sul e 10 quilômetros mar adentro. “A mancha principal se encontra exatamente no entorno da foz. Uma área sensível, próxima a reserva de comboios”, afirmou o secretário Rodrigo Júdice, em sua página no Facebook. Nos próximos dois dias, o material deve migrar em direção ao Sul e seguir novamente para o Norte, quando ocorrer o próximo Vento Sul.
Em reunião de trabalho após o sobrevoo, as autoridades definiram ainda que técnicos vão identificar os pescadores para que seja solicitado à mineradora Samarco pagamento de auxílio financeiro enquanto eles estiverem impossibilitados de trabalhar.