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Estado de Minas

Promotor diz que famílias não precisam aceitar valor de indenização proposto pela Samarco

Valor da compensação inicial proposto pela empresa aos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão é de um salário mínimo mais 20% por cada dependente


postado em 24/11/2015 21:12 / atualizado em 24/11/2015 21:49

O promotor de Justiça Guilherme de Sá Meneghin, da Promotoria de Direitos Humanos de Mariana, afirmou que os moradores não precisam aceitar os valores propostos pela Samarco para assistência aos atingidas pelo desastre do rompimento da barragem de Fundão, no Distrito de Bento Rodrigues. A empresa apresentou, em reunião nesta terça-feira, um plano para que as famílias recebam um cartão onde será depositado um salário mínimo com adicional de 20% por dependente, além de uma cesta básica no valor de R$ 338 (calculado pelo Dieese).

Meneghin disse que ainda que a Samarco não aceite uma contra proposta dos moradores, é possível tomar medidas jurídicas para garantir o pagamento desejado pela comunidade. Segundo o promotor, a nova proposta deve ser feita após sábado, quando a comissão dos moradores será legitimada em um novo encontro das famílias com representantes da empresa, do Ministério Público e da prefeitura de Mariana. A reunião deverá acontecer no sábado, dia 9, em audiência pública na Câmara Municipal da cidade.

Durante a tarde desta terça-feira, em reunião com MP, Defensoria Pública, Samarco e prefeitos e moradores de cidades atingidas, a legitimidade dos representantes eleitos pelas comunidades pelo rompimento da barragem do Fundão, da Samarco (controlada pela Vale e BHP Billinton) se tornou um problema para as discussões dos interesses dos atingidos. O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, e representantes do poder público tentaram encontrar uma maneira dos moradores chegarem a um acordo sobre quem serão seus representantes.


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