A Polícia Civil informou na manhã desta quarta-feira que os dois adolescentes apreendidos por participação no latrocínio, estupro e tentativa de homicídio ocorridos no Parque Estadual do Rola Moça, já tinham histórico criminal. De acordo com a corporação, J.V. e G. já haviam roubado dois veículos: de um casal na Praça do Papa, em Belo Horizonte, e de um grupo de amigos no mirante em Brumadinho. Os investigadores chegaram até a dupla depois que a vítima repassou informações sobre os criminosos. Ainda de acordo com a polícia, o terceiro suspeito já foi identificado.

“A motivação inicial dos dois seria apenas roubar as vítimas. Eles foram até o local com esse intuito”, explicou o delegado Luiz Otávio Fonseca Matozinhos, que comandou as investigações. Ainda segundo ele, os jovens já possuíam envolvimentos anteriores em atos infracionais contra o patrimônio.

Os dois estão internados no Centro de Internação Provisória em Belo Horizonte.

O crime aconteceu no fim de outubro. William Avelino de Souza, de 30 anos, e a namorada, D.K.S.M., de 20 anos, estavam dentro de um Peugeot 206 em Casa Branca, distrito de Brumadinho, quando foram abordados por um rapaz armado. Souza foi morto com seis tiros no peito, ao tentar fugir do assaltante. A namorada dele sobreviveu depois de ter sido arrancada pelos cabelos de dentro do veículo, espancada, estuprada e arremessada num precipício. Mesmo machucada, ela conseguiu escalar o barranco e pedir ajuda à Polícia Militar, que a encontrou caminhando em estado de choque e ferida em direção à portaria do parque.

No dia 17 de novembro, a Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, decretou a internação do adolescente J.V.R.R. de 16 anos. Inicialmente, o jovem iria ficar 45 dias internado, período previsto para a conclusão do inquérito das equipes da Polícia Civil que investigam o caso.

Ao determinar a internação de J.V.R.R., a juíza Perla Saliba Brito entendeu que havia indícios de autoria e materialidade. “A extrema gravidade dos atos infracionais cometidos, revelada na simples descrição dos episódios aqui noticiados, recomenda o acautelamento provisório do representado, visando acautelar a instrução deste processo e a própria credibilidade da Justiça”, considerou. A magistrada deferiu também mandado de busca e apreensão na residência do menor, que foi cumprida em 12 de novembro, quinta-feira.

Com informações de Andréa Silva - Jornal Aqui .