O monitoramento e as análises da mancha de lama no litoral capixaba contarão com um reforço importante, a partir desta quinta-feira. A Marinha Brasileira disponibilizou o navio hidroceanográfico Vital de Oliveira para acompanhar os trabalhos de contenção e auxiliar nos estudos e pesquisas científicas sobre os impactos oceanográficos na fauna e flora causados pela sedimentação dos elementos trazidos pela onda de rejeitos químicos na foz do Rio Doce e áreas marítimas adjacentes. A embarcação deverá ficar no local até, pelo menos, o dia 10 de dezembro.
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Governo da Bahia monitora litoral, mas diz que chance da lama chegar ao estado é remotaPeritos da Polícia Civil mineira vão ao Espírito Santo para nova etapa de análisesMinistério Público ouve presidente da Samarco e exige esclarecimentosOnda de lama avança 5 km ao norte e 3 km ao sul do litoral capixabaA embarcação é equipada com três laboratórios e 30 equipamentos científicos e tem a capacidade de mapear dados da atmosfera, oceano, solo e subsolo marinhos. "Teremos que monitorar e analisar a movimentação dessa pluma de lama e como se dará a sedimentação, principalmente no fundo do oceano, que é uma área extremamente sensível", conta o secretário de Meio Ambiente, Rodrigo Júdice.
Para o secretário, dependendo do impacto registrado em algas, corais, peixes invertebrados, plânctons e fitoplânctons, a cadeia primária biológica pode ser afetada. "A situação é como um paciente crônico que está na UTI e precisa de ser acompanhado por uma equipe de especialistas", analisa Júdice. Ainda segundo o secretário, além de intimar a Samarco a arcar com os danos imediatos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, o governo do Espírito Santo também deverá realizar um termo de referência para danos difusos e a longo prazo para que o estado cobre as indenizações devidas da mineradora..