“Não há como parar a lama. Nossa prioridade máxima, a partir de hoje, será a recuperação dos afluentes, que são o que dá vida ao Rio Doce. É a nossa melhor chance”, definiu o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais. A partir de hoje, a Promotoria do Meio Ambiente passa a ter acesso ao depósito inicial de R$ 500 milhões previstos no acordo de R$ 1 bilhão firmado há 10 dias com o grupo minerador formado pela Samarco/Vale/BHP Billinton.
Com verba carimbada, os valores devem ser empregados exclusivamente na recuperação da bacia do Rio Doce e na realocação dos moradores atingidos pelo rompimento da Barragem do Fundão. Em 20 dias, o resto do montante deve ser depositado.
Embora seja o maior acordo ambiental já firmado no Brasil, a promotoria de Minas qualifica o termo de ajustamento de conduta de R$ 1 bilhão como adiantamento, enquanto não se define o tamanho dos danos. Na semana que vem, o MPMG convoca representantes das empresas mineradoras a prestar esclarecimentos em relação ao desastre.