A delegada determinou que peritos acompanhem os depoimentos dos técnicos e solicitou que as oitivas sejam feitas, paralelamente, em Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, sob coordenação do delegado regional Rodrigo Bustamante, titular do inquérito, com apoio do delegado de Meio Ambiente, Aloísio Daniel Fagundes. Pela experiência adquirida durante a investigação do estouro da barragem da Herculano Mineração, ocorrido no dia 10 de setembro de 2014, em Itabirito, a delegada Mellina Clemente vai passar a integrar a equipe que apura o caso de Mariana – ela está concluindo o relatório final, que será divulgado nos próximos dias.
“A primeira etapa da investigação avançou bastante. Um caso como esse de Mariana é de enorme complexidade, precisamos checar detalhes variados e colher todas as provas técnicas e materiais possíveis para esclarecer para a opinião pública o que de fato aconteceu, quais as causas e quem foram efetivamente os responsáveis pelo ocorrido. A equipe está trabalhando de forma otimizada e conta com a nossa retaguarda para que a Polícia Civil dê as respostas que toda sociedade brasileira espera”, afirmou Andréa Vacchiano.
O corpo de um homem, encontrado na noite dessa quarta-feira, em Ponte do Gama, também em Mariana, está aguardando identificação. De acordo com a Polícia Civil, ainda não é possível afirmar se a morte tem relação com o desabamento da barragem. Já o Instituto de Criminalística (IC) agiliza a fase de análises de DNA para identificação dos perfis dos segmentos corpóreos. Depois será feita a confrontação com o material de familiares de desaparecidos. No Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, legistas estão concluindo o exame odontolegal de dois corpos que, após a identificação, devem ser liberados às famílias amanhã. De um terceiro corpo, também no IML, foi possível fazer a coleta de impressões digitais, que agora serão comparadas com material genético.