"É uma certeza que eu não queria ter, né?". Foi assim que Jaqueline Aparecida Fernandes, de 31 anos, descreveu o que sentia logo depois de deixar a sala de necrópsia da Polícia Civil, no Cemitério Santana, em Mariana, na tarde de ontem. Ela acabara de reconhecer o irmão Mateus Márcio Fernandes, de 29 anos, como mais uma das vítimas do rompimento da Barragem do Fundão. O corpo do rapaz, funcionário de uma empresa que prestava serviços para a mineradora Samarco, foi achado no dia anterior pelos bombeiros.
Sem conter as lágrimas, a mais velha dos seis irmãos da família disse à polícia ter certeza de que o corpo era do irmão. “É meu irmão. Nunca vou esquecer. São muitas lembranças boas que a gente viveu juntos”, comentou. Familiares mencionaram uma tornozeleira e a arcada dentária como determinantes para a identificação de Mateus. Apesar disso, a Polícia Civil informou que aguarda o resultado de exames para considerar oficialmente Mateus como vítima da tragédia. Em comunicado, a corporação sustenta que não é possível afirmar ainda se a morte tem relação com o rompimento da barragem.
Caso ocorra confirmação, subirá para nove o número de vítimas identificadas e ainda restarão 10 pessoas desaparecidas (sete que prestavam serviço para a mineradora e três moradores de comunidades locais que tiveram os nomes informados por parentes). Outros quatro corpos encontrados estão em processo de análise para reconhecimento e, segundo a Polícia Civil, dois deverão ser liberados às famílias hoje, após a conclusão do exame odontolegal e da identificação.
ANÁLISES Em Belo Horizonte, o Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil agiliza a fase de análises de DNA para identificação. Depois, será feita a confrontação com o material de familiares de desaparecidos. “Esse trabalho não permite previsão exata. O estágio de conservação dos segmentos corpóreos normalmente exige seguidas repetições dos exames e há casos em que o resultado sai em duas semanas e outros que demoram até seis meses”, disse o diretor do IC, Marco Paiva, acrescentando que o laboratório busca resolver, paralelamente, os casos de Mariana e os da rotina.
As buscas serão mantidas, segundo os bombeiros. De acordo com os militares, o corpo encontrado na quarta-feira estava a cerca de 10 quilômetros da comunidade de Ponte do Gama, distrito de Mariana. O local é de difícil acesso e os 18 militares que trabalhavam no local contaram com o auxílio de cães farejadores. Desde o dia 20 de novembro, o posto de comando dos bombeiros e da Defesa Civil recebe familiares dos desaparecidos. Os parentes participam de reuniões, tiram dúvidas e acompanham trabalhos dos militares. Muitos já sobrevoaram as áreas devastadas pela lama junto com as equipes de resgate e salvamento.
Sem conter as lágrimas, a mais velha dos seis irmãos da família disse à polícia ter certeza de que o corpo era do irmão. “É meu irmão. Nunca vou esquecer. São muitas lembranças boas que a gente viveu juntos”, comentou. Familiares mencionaram uma tornozeleira e a arcada dentária como determinantes para a identificação de Mateus. Apesar disso, a Polícia Civil informou que aguarda o resultado de exames para considerar oficialmente Mateus como vítima da tragédia. Em comunicado, a corporação sustenta que não é possível afirmar ainda se a morte tem relação com o rompimento da barragem.
Caso ocorra confirmação, subirá para nove o número de vítimas identificadas e ainda restarão 10 pessoas desaparecidas (sete que prestavam serviço para a mineradora e três moradores de comunidades locais que tiveram os nomes informados por parentes). Outros quatro corpos encontrados estão em processo de análise para reconhecimento e, segundo a Polícia Civil, dois deverão ser liberados às famílias hoje, após a conclusão do exame odontolegal e da identificação.
ANÁLISES Em Belo Horizonte, o Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Civil agiliza a fase de análises de DNA para identificação. Depois, será feita a confrontação com o material de familiares de desaparecidos. “Esse trabalho não permite previsão exata. O estágio de conservação dos segmentos corpóreos normalmente exige seguidas repetições dos exames e há casos em que o resultado sai em duas semanas e outros que demoram até seis meses”, disse o diretor do IC, Marco Paiva, acrescentando que o laboratório busca resolver, paralelamente, os casos de Mariana e os da rotina.
As buscas serão mantidas, segundo os bombeiros. De acordo com os militares, o corpo encontrado na quarta-feira estava a cerca de 10 quilômetros da comunidade de Ponte do Gama, distrito de Mariana. O local é de difícil acesso e os 18 militares que trabalhavam no local contaram com o auxílio de cães farejadores. Desde o dia 20 de novembro, o posto de comando dos bombeiros e da Defesa Civil recebe familiares dos desaparecidos. Os parentes participam de reuniões, tiram dúvidas e acompanham trabalhos dos militares. Muitos já sobrevoaram as áreas devastadas pela lama junto com as equipes de resgate e salvamento.