O diretor executivo de Finanças da Vale, Luciano Siani, negou que a Vale tenha reduzido investimentos em manutenção e no acompanhamento das 168 barragens da companhia dentro da política adotada nos últimos anos pela mineradora de cortar custos para preservar margens em um cenário de queda dos preços do minério de ferro.
Siani admitiu que a retirada da Vale do Índice de Sustentabilidade da BM&FBovespa, ontem, pode ter ligação com o acidente da Samarco e reiterou que apesar disso a Vale não deixou de ser uma empresa que preserva 400 mil hectares. "Os investidores reagem a incertezas e o Fundo do Rio Doce é a certeza de que Vale saberá reagir", disse sobre o fundo anunciado hoje pela Vale.
O diretor executivo de Ferrosos da Vale e conselheiro da Samarco, Peter Poppigna, reforçou que os investimentos da Vale em barragens não vêm sendo reduzidos. Sobre a retomada da operação da fabricante de pelotas, ele afirmou que é factíviel. "A Samarco tem futuro, é tecnicamente viável e quem vai decidir é a sociedade", disse.