Pelo menos quatro funcionários públicos estaduais estão sendo investigados pela Controladoria-Geral do Estado (CGE) de Minas Gerais por suspeita de irregularidades na emissão das licenças da mineradora Samarco para operar a Mina de Germano e a Barragem de Santarém, que não foram afetadas diretamente pelo rompimento da Barragem do Fundão.
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Samarco terá que limpar lama que vazou de barragem, diz MPRecuperação de áreas atingidas pela lama da Samarco pode durar até 30 anosFiscalização encontra irregularidades em imóveis em Escarpas do LagoServidores estaduais da Saúde decidem entrar em estado de greveInstabilidade de barragens ameaça hidrelétrica em MinasO procedimento tem como alvo exatamente quatro órgãos públicos estaduais ligados ao meio ambiente, mas a assessoria de imprensa da CGE não confirma se estão sendo investigadas as pessoas dos presidentes de cada instituição. São elas a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Se ficar constada omissão ou negligência na concessão de licenças ambientais, o funcionário público estadual poderá ser responsabilizado administrativamente com advertência e até com a perda do cargo. Se a investigação constatar ilicitudes como o recebimento de propina para facilitar o licenciamento, o processo será encaminhado ao Ministério Público de Minas e ao Ministério Público Federal para denúncia criminal, além da Polícia Civil, para investigação de improbidade administrativa, independentemente de existirem falhas assumidas pelo grupo minerador..