As buscas pelos cinco mineiros desaparecidos em um naufrágio na noite de sábado, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, continuam na tarde desta segunda-feira. São utilizados cinco barcos, sendo três da Marinha, dois do Corpo de Bombeiros e um da Defesa Civil Municipal. Quatro mergulhadores, dois dos bombeiros e dois da Defesa Civil, fazem as buscas submarinas. No domingo, um helicóptero sobrevoou toda a região onde houve o acidente, mas sem sucesso. A aeronave já foi dispensada e a esperança agora se concentra nos mergulhadores. No domingo, as buscas foram encerradas assim que anoiteceu. Chovia muito. Hoje, os trabalhos foram retomados às 7h e devem continuar até as 20h. Oito pessoas conseguiram escapar.
Segundo o prefeito, a embarcação só tinha moradores de Arantina que vão pelo menos três vezes por ano pescar em Angra dos Reis. “Eles tinham ido pela terceira vez este ano. Havia um outro barco, mas com moradores da cidade vizinha Bom Jardim de Minas. Esse barco conseguiu resgatar algumas vítimas com vida”, conta o prefeito.
Os desaparecidos são o vice-prefeito de Arantina, José Geraldo da Silva, o dono de oficina mecânica Wellington Sandro da Costa, de 44 anos, o dono de bar Fernando Carlos, de 44, o pedreiro José Francisco de Assis Silva, de 48, e o funcionário de uma empresa que presta serviços à MRS Logística, Atail almeida, de 53. “Não há clima para nada na cidade”, lamenta o prefeito. A dona de casa Geni Marieta conta que conhece todas as vítimas e que os parentes ainda têm esperança de encontrá-las vivas. “Uma tristeza enorme tomou conta da cidade. O vice-prefeito é casado com uma prima minha e todos estão sofrendo muito”, lamentou Geni.
O comando do 1º Distrito Naval da Marinha do Brasil divulgou nota à imprensa informando que as buscas vão continuar pelo cinco desaparecidos da escuna Minas Gerais, que naufragou com 13 tripulantes a bordo, nas proximidades da Ilha dos Meros, na Baía da Ilha Grande (RJ). O Navio-Patrulha Gurupá seguiu do Rio de Janeiro para reforçar as buscas, segundo a Marinha.