Jornal Estado de Minas

Segunda testemunha de acusação é ouvida no julgamento de ex-delegado em Ouro Preto

Geraldo Toledo e Amanda Linhares Santos, que tinha 17 anos - Foto: Reprodução internet/FacebookDepois de um pequeno intervalo durante a tarde, a segunda testemunha de acusação começou a ser ouvida no julgamento do ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto, acusado de matar a namorada, a adolescente Amanda Linhares Santos, de 17 anos, em Ouro Preto, Região Central do estado. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o médico legista iniciou sua fala por volta das 15h45. Ele realizou exames na vítima e falou sobre as marcas deixadas pelo disparo da arma de fogo.

Ainda durante a tarde, foi ouvida a perita criminal que participou da reconstituição do crime. Ela serviu de testemunha comum à defesa e à acusação. De acordo com o TJMG, a sessão foi encerrada para intervalo por volta das 17h35.

Mais cedo, a delegada que presidiu o inquérito também foi ouvida. Ela respondeu a perguntas sobre as investigações de 14h15 às 15h25. Marcado para meio-dia desta terça-feira, o júri começou com quase 30 minutos de atraso na Comarca de Ouro Preto.



A sessão é presidida pela juíza Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva. Sete homens compõem o conselho de sentença. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a mãe de Amanda foi a primeira a ser ouvida, como informante da acusação.

De acordo com o Ministério Público (MP), no dia 14 de abril de 2013, por volta das 14h30, em Ouro Preto, Toledo atirou na cabeça da jovem que foi socorrida e transferida para um hospital de Belo Horizonte, mas faleceu 50 dias depois devido a um traumatismo craniano.

O réu é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima. No julgamento, os jurados vão analisar também se o réu cometeu fraude processual ao deixar o local do crime, mudar o estado das coisas, apagando vestígios e dificultando a apuração dos fatos.

Geraldo Toledo permaneceu preso durante toda a tramitação do processo, uma vez que para a juíza, a prisão era imprescindível para a garantia da ordem pública e da aplicação da lei. O julgamento havia sido marcado para o dia 10 deste mês, mas foi adiado. A juíza Lúcia de Fátima alegou problemas familiares na época.
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