A investigação se os três casos de microcefalia em Minas têm relação com o zika vírus provocou o aumento da vigilância contra o Aedes aegypti, especialmente nas regiões que limitam com outros estados. É o caso do Norte de Minas, que faz divisa com a Bahia. O coordenador de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros, João Rezende, disse ontem que as equipes de saúde básica dos 53 municípios ligados à repartição receberam treinamento para fortalecer as ações contra o mosquito, que também é vetor da dengue e da chikungunya.
Os médicos estão sendo treinados pela SES por meio de um sistema de videoconferência. Uma das orientações repassadas é para que os profissionais fiquem atentos aos sinais que podem indicar a microcefalia.
PREVENÇÃO A médica infectologista Cláudia Biscotto destaca que a melhor forma de prevenção contra o zika vírus é o combate ao Aedes aegypti. “Como medida de profilaxia, o Ministério da Saúde orienta que as gestantes devem usar roupas compridas de mangas longas, que protegem todo o corpo. Mas, no caso de uma cidade como Montes Claros, onde faz muito calor, não temo como usar roupas compridas. A recomendação é que as grávidas usem repelentes sempre”, disse Claudia.
Ceará pede ajuda
Depois de Pernambuco, foi a vez do Ceará pedir ajuda ao governo federal para combater o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti e responsável pelo surto de casos de microcefalia em bebês. O governador do estado, Camilo Santana (PT), esteve ontem com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. A reunião foi realizada no Palácio do Planalto. No ofício entregue ao ministro, Camilo pede a “valiosa colaboração” do governo para combater o mosquito. O documento diz que o estado também precisa de ajuda para prestar assistência adequada aos pacientes e, num segundo momento, dar apoio às famílias que tiveram bebês com o diagnóstico de microcefalia, uma má-formação que causa retardamento mental em 90% dos casos. O estado registrada 25 casos da doença.