Jornal Estado de Minas

Grupo protesta em BH contra o genocídio negro

Cerca de 80 pessoas protestam contra o genocídio negro na noite desta quinta-feira na Região Centro-Sul da capital. Os manifestantes seguem da Praça Sete até a Praça da Liberdade. O evento, que foi organizado por uma rede social, descreve o protesto como um ato de revolta contra os homicídios de Ricardo de Freitas Miranda, de 38 anos, líder de ocupação urbana de Belo Horizonte, morto no último dia 22 e de cinco adolescentes assassinados no Rio de Janeiro na última semana.

"Há anos temos acompanhado em nosso país o extermínio de uma camada da população. Esta camada possui a mesma característica: pobre, jovem e negra". Assim é descrito o evento na página do Facebook. Os manifestantes também pedem o fim da ação da Polícia Militar nas favelas, o fim da privatizações de cadeias e respostas pelos crimes contra negros no Brasil.

Na rede social, eles ainda afirmam que: "O ato consiste em colocar cruzes no chão, com os nomes de todos (ou pelo menos os que conseguirmos contabilizar) os jovens assassinados este ano pela polícia militar em todo o país. A noite, velas serão acesas e será feito um minuto de silêncio pelas almas dos jovens assassinados".

De acordo com informações da BHTrans, o grupo saiu da Praça Sete em passeata.
As avenidas João Pinheiro e Gonçalves Dias, no Bairro Funcionários, ficaram interditadas para a passagem do grupo. A equipe de trânsito está no local. O ato acontece de forma pacífica. .