A Samarco, dona da barragem que se rompeu em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, e que causou a maior tragédia socioambiental do país, já está sujeita ao pagamento de multa de R$ 1 milhão por dia, por descumprir uma das medidas impostas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A empresa tinha prazo até esta sexta-feira para apresentar um plano de contingencia para o caso caso das outras duas minas de rejeitos, Germano e Santarém, se romperem. Porém, não entregou o plano, segundo o promotor Mauro da Fonseca Ellovitch.
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No plano de emergência que teria de ser entregue pela Samarco deveriam estar previstas as consequências e medidas concretas a serem adotadas em cada situação.
Em nota, a Samarco informou que contratou uma empresa especializada para a elaboração do plano de emergência, mas que, por se tratar de um trabalho de extrema complexidade, a contratada está tomando todas as medidas necessárias para concluir o trabalho no prazo mais curto possível. "A Samarco informa que ainda está no prazo para responder à Justiça e que esforços jamais foram medidos pela empresa em apresentar o plano atualizado", diz o texto.
Para o promotor Mauro Ellovitch, o descumprimento da medida pode trazer mais riscos para a população da região. “Esse atraso coloca em risco potencial várias vidas humanas e pode acarretar dificuldades desnecessárias para resgates e minimização dos danos”, afirmou. Segundo ele, a única medida tomada pela Samarco foi a instalação de sirenes nas comunidades de Bento Rodrigues, Barra Longa, Paracatu de Baixo e de Cima e em Camargos..