Os empregados diretos e terceirizados da Mineradora Samarco e os ribeirinhos dos rios atingidos pela onda de lama e rejeitos de minério, causada pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, terão um pouco mais de estabilidade para reorganizar a vida nos próximos meses. A empresa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho, nesta sexta-feira, garantindo proteção preliminar a empregados da Samarco a terceirizados e ribeirinhos, até 1º de março de 2016. O compromisso estende em 30 dias a segurança dos trabalhadores empregados e prevê um auxílio financeiro aos cerca de 11 mil ribeirinhos.
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Compromisso com empregados vai até o fim do ano, diz presidente da SamarcoMinistério Público faz pressão para que Samarco apresente auxílio rápido às vítimas de MarianaRecuperação de áreas atingidas pela lama da Samarco pode durar até 30 anosFuncionários da Samarco têm estabilidade garantida até abril Trabalhadores e ribeirinhos do Rio Doce podem receber auxílio financeiro nesta sexta-feiraPolícia Civil identifica mais quatro vítimas da tragédia de MarianaDécima segunda vítima da tragédia de Mariana é identificada, diz famíliaFotógrafo recupera negativos e refaz memória de pessoas que perderam lembranças em tragédiaInvestigações ainda tentam respostas há um mês de tragédia em MarianaO acordo prevê a manutenção dos empregos até 1º de março de 2016, o pagamento de salários de empregados diretos e indiretos até essa data. Demissões posteriores ao prazo de duração do TAC deverão ser negociadas com sindicatos. Em janeiro a empresa vai reabrir negociações coletivas com os sindicatos.
“Foi um avanço muito grande que tivemos hoje. Conseguimos estender a estabilidade por mais 30 dias e a empresa se comprometeu a voltar a negociação de acordo coletivo em meados de janeiro. Isso nos traz tranquilidade porque, passado esse período de assistência a vitimas, vamos estar focados no reinicio das operações e em negociar estabilidade para o futuro”, disse o diretor executivo do Sindicato Metabase Mariana, Sérgio Alvarenga de Moura.
Na visão do presidente do Sindicato Metabase do Espirito Santo, Roberto Pereira de Souza, o acordo foi positivo.
Para assegurar a proteção imediata de ribeirinhos, cujo sustento dependia do rio, ficou acertado que a Samarco vai pagar a cada trabalhador um salário mínimo, com acréscimo de 20% por dependente, mais o valor correspondente a uma cesta básica do Dieese. A previsão é que os ribeirinhos comecem a receber a partir do dia 11 de dezembro, inclusive com pagamento retroativo até 5 de novembro. (Com MPT).