A cidade de Colatina, no Espírito Santo, uma das atingidas pela lama da barragem de Fundão que atingiu o Rio Doce, ganhou seis poços artesianos. A medida faz parte do Plano Reestruturante da Samarco, empresa controlada pela Vale e a BHP Billinton, e responsável pela mina de Mariana que cedeu. Com as ações, serão acrescidas à rede da cidade aproximadamente 39 litros por segundo de água, o que equivale a aproximadamente 13% da necessidade.
Colatina vem sofrendo com o abastecimento de água desde a chegada da lama de rejeitos, em novembro. Por pelo menos duas vezes, os moradores tiveram corte no abastecimento. A única fonte do município é o Rio Doce.
De acordo com a Samarco, quatro dos poços vão enviar água diretamente para a Estação de Tratamento de Água (ETA Lado Norte), que tem vazão de 32.1 litros/segundo, um para a ETA Columbia, com vazão de 1,3 litros/segundo, e um para a ETA de Lado Sul, vazão de 4,8 litros/segundo.
Na ETA do Lado Sul, o poço artesiano já está interligado e em operação, segundo a empresa, já o de Columbia está em processo de interligação. Os poços do lado norte estão em processo de interligação à rede adutora, que já foi concluída.
A Samarco ressalta que está construindo adutoras em Colatina. Elas estão em fase de projeto e aquisição de material.
Buscas
Os trabalhos para encontrar os desaparecidos continua, porém com número reduzido de militares. Oficialmente, o número de mortes confirmadas da tragédia passou para 15. Restam quatro corpos para serem encontrados. Mesmo assim, o Corpo de Bombeiros começa a dar indícios de redução do ritmo dos trabalhos de busca. Embora a corporação garanta que manterá a mobilização até que todos sejam encontrados ou que se esgotem as possibilidades, a estrutura de trabalho começou a mudar sexta-feira. O comando unificado em um posto avançado de Mariana foi transferido para o quartel em Ouro Preto e ficará a cargo da 3ª Companhia, sediada na cidade histórica, com retorno dos oficiais de alta patente para Belo Horizonte.