O Uber, aplicativo de carona paga que vem causando polêmica em todo o país, lançou nesta quarta-feira uma campanha para evitar que ele seja proibido em Belo Horizonte. Tramita na Câmara Municipal o Projeto de Lei 1797/15, definindo que as pessoas jurídicas credenciadas para operar por meio dos aplicativos ficam obrigadas a cadastrar exclusivamente motoristas licenciados pela BHTrans, além de disponibilizar, em BH, somente corridas iniciadas no município ou em cidade conveniada. Caso o projeto seja aprovado, o Uber só poderá funcionar em Belo Horizonte se for conduzido por taxistas.
Nesta manhã, usuários do aplicativo foram convidados, por e-mail, a se mobilizar contra o PL, que já está pronto para ser votado em 1º turno, segundo a Câmara, com três emendas. Uma delas retirou o parágrafo que obrigaria os veículos a terem sistema de identificação biométrica dos condutores.
“No dia 12 de dezembro Belo Horizonte completará 118 anos. E você sabe qual pode ser o presente da Câmara Municipal para a cidade? Retrocesso”, diz a empresa na mensagem. “Com o Projeto de Lei 1797/15, os vereadores podem proibir o uso do aplicativo Uber em BH e forçar que apenas um serviço de transporte individual seja permitido: o táxi”.
No final do e-mail, há um botão para que o usuário envie uma mensagem aos vereadores de BH pedindo que eles votem contra o projeto de lei. O texto já está pronto, com o espaço para a assinatura do remetente, com cópia para mais de 50 endereços. Também foi criada a hashtag #ficauber no Twitter.
O em.com.br tentou entrar em contato com os vereadores Preto e Wellington Magalhães, envolvidos no projeto de lei, mas até o fim a manhã eles não haviam sido localizados.