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Pichadores presos pela PM tinham 'ranking de ousadia' nas redes sociais para exibir crimesMP propõe ação cobrando R$ 10 milhões de gangue de pichadores que agia em BHBH quer punição mais rigorosa a pichadores e menos tolerância com o barulhoIntegrantes de grupo de pichadores da Grande BH vão continuar sendo monitoradosO ministro Edson Fachin apontou que, numa análise preliminar, não vislumbrou ilegalidade flagrante na decisão do Superior do Tribunal de Justiça (STJ) que já negara pedido semelhante, de revogação da prisão preventiva. O relator assinalou ainda que o juiz de primeira instância, ao manter a prisão cautelar, ponderou que o acusado informou endereço incorreto, bem como já tem quatro condenações transitadas em julgado, inclusive por tráfico de drogas.
O réu também teria colocado símbolo identificador nos monumentos e compartilhado as fotos das pichações no Facebook, com o objetivo de estimular práticas criminosas e vangloriar-se em razão dos danos causados ao patrimônio público e cultural.
Prejuízo
Estima-se que os “Pixadores” de Elite tenham causado um prejuízo financeiro da ordem de R$ 5 milhões. Nas investigações, se descobriu que o grupo atua desde 1992, mas intensificou as pichações em 2010. Segundo o promotor de Justiça Marcos Paulo de Souza Miranda, um dos coordenadores do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) do MPMG, eles estão ligados a torcidas organizadas, buscam notoriedade com seus atos e estão em constante disputa de poder com integrantes de gangues rivais.
As apurações revelaram que o grupo é composto, inclusive, por profissionais liberais das classes média e alta, proprietários de carros de luxo. O levantamento feito pelo MPMG teria mostrado que Belo Horizonte é considerada hoje a capital mais pichada do país e cerca de R$ 2 milhões são gastos anualmente pela prefeitura para o reparo de prédios públicos atingidos pelas integrantes de grupos de pichadores.
A operação, coordenada pelo Nucrim, teve a participação das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo e Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, a Promotoria de Combate aos Crimes Cibernéticos e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Capital..