Os promotores do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (Nucam) do Ministério Público de Minas Gerais se preparam para requerer hoje a impugnação das alegações da mineradora Samarco, que pediu nova prorrogação de prazo, por mais seis semanas, para apresentar o plano de contingência para o caso de suas outras duas barragens – Germano e Santarém – se romperem, e para esvaziar a hidrelétrica de Candonga, capaz de barrar novas ondas de rejeitos.
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Na sexta-feira, a Samarco recorreu da ação do MPMG, que havia sido acatada horas antes pelo juiz Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual. Na solicitação, os promotores informaram que as estruturas remanescentes na Mina do Germano não apresentavam segurança satisfatória. Além de traçar um plano prevendo os impactos de um hipotético rompimento das represas de rejeitos, a empresa deverá providenciar obras de contenção das estruturas, bem como colocar em prática recomendações técnicas da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e do Departamento Nacional de Produção Mineral para evitar que ocorram novos rompimentos.
Para o promotor de Justiça Mauro Ellovitch, o descumprimento da medida pode trazer mais riscos para a população da região.
Em nota, a Samarco informou ter contratado uma empresa especializada para a elaboração do plano de emergência, mas acrescentou que se trata de um trabalho de extrema complexidade e que a contratada está tomando todas as medidas necessárias para concluir o trabalho no prazo mais curto possível. Mauro Ellovitch critica a situação. “Em vez de alegar que a terceirizada precisa de mais tempo para concluir o projeto, a Samarco deveria contratar mais firmas e mais funcionários para dar conta do prazo de segurança. A verba de R$ 500 milhões está disponível para minimizar impactos ambientais”, alerta..