Após 18 meses de investigações, e diante da coleta de provas, a ação policial terminou com o cumprimento de oito mandados de prisão preventiva e na apreensão de uma caminhonete, marca Toyota Hillux, um automóvel, marca GM Cruze LTZ, um Fiat Uno e um cavalo trator, marca Volvo. Ainda foi decretado o afastamento do sigilo fiscal e financeiro dos integrantes da organização criminosa, bem como o sequestro de possíveis valores em contas bancárias.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa atuava obtendo notas fiscais falsas de grãos, através de um contador comparsa e em seguida aliciava caminhoneiros com carga para descarregar no Porto Seco de Pirapora. Funcionários da empresa vítima (porteiros, balanceiros, seguranças, entre outros), integrantes da quadrilha, permitiam a entrada da nota fiscal e a pesagem do caminhão sem a efetiva entrega da carga. Assim, o material era novamente vendido em empresas do ramo sediadas nas cidades de Uberlândia e Paracatu.
Além do desvio de cargas de grãos, o grupo é acusado de lavar o dinheiro do crime em atividades empresariais, eventos promocionais, shows musicais, aquisição de bens patrimoniais, entre outros.
Foram presos Edilene Anacleto Costa, 37 anos; Alessandro Sidney Costa, 40 anos; Fabio Soares da Costa, 30 anos; Jadmar Costa, 48 anos; Luciano Domingos da Silva, 45 anos; Kleber Vieira Lacerda, 37 anos; Ricardo da Conceição Costa, 36 anos e Roberto da Conceição Costa, 27 anos. Ainda estão foragidos Alexander Giovanni Vieira e Antonio Alves da Silva.
A operação foi denominada de "Reis do Camarote", já que os líderes do esquema, agora presos, eram assim reconhecidos na cidade e região em virtude dos eventos que realizavam no intuito de promover a lavagem de capital. A operação contou com a participação de 13 policiais civis e cinco viaturas.