A presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marilene Ramos, estimou na quinta-feira, 10, que a biodiversidade da bacia hidrográfica do Rio Doce só se recuperará em dez anos, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, no dia 5 de novembro. Marilene também informou que deverá aplicar mais multas à mineradora Samarco.
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Pela 1ª vez em Minas, empresas que controlam a Samarco são rés em processo contra mineradoraDesabrigados pressionam Samarco por rendimentos maiores Ministério Público ataca pedido de prazo da SamarcoSamarco não assina Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério PúblicoEm meio a impasse, moradores atingidos por lama da Samarco sonham retomar rotina Samarco ainda não pagou ou recorreu de multas aplicadas pelo IbamaBarragem de Fundão não podia receber rejeitos de mina da Vale, diz SemadDoações para as vítimas da tragédia de Mariana são abandonadas no lixoJá o Ministério Público Estadual em Mariana anunciou que vai entrar com ação civil pública na Justiça contra a Vale e a BHP Billiton para garantir o pagamento de indenização a vítimas do rompimento da barragem da Samarco. A decisão foi tomada depois que a Samarco se recusou a assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo MPE. A Vale, por meio de nota, reiterou que "não se considera responsável" pela tragédia de Mariana.
AÇÃO PARTICULAR
Além disso, a Samarco deverá ser alvo agora do primeiro processo impetrado pela iniciativa privada. A Celulose Nipo Brasileira (Cenibra), que mantém operação ao longo de parte do Rio Doce, atingido pela lama de rejeitos, deverá cobrar da mineradora nos tribunais o prejuízo pela paralisação do funcionamento da empresa, cuja linha de produção depende dessa água.