As avaliações dos estragos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, comprovam, ainda mais, o gigantesco dano ambiental causado pela lama de rejeitos da empresa Samarco, controlada pela Vale e a BHP Billinton. A avalanche provocou a supressão de 324 hectares de áreas de Mata Atlântica, sendo 236 ha de florestas nativas e outros 88 ha de vegetação natural. Além disso, afetou um total de 679 quilômetros de rios.
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Corpo encontrado 35 dias após tragédia é de morador de Bento RodriguesDoações para as vítimas da tragédia de Mariana são abandonadas no lixoBombeiros localizam corpo na região do rompimento da Barragem do FundãoPela 1ª vez em Minas, empresas que controlam a Samarco são rés em processo contra mineradoraSemad confirma que Samarco realizava obras para unificar barragens do Fundão e GermanoFoi constatado que a lama atingiu uma área de 1.775 hectares, o que corresponde a 17 quilômetros quadrados dos municípios. Foram destruídos regiões de vegetação nativa ou alteradas por pasto, agricultura e malhas urbanas.
Além da mata atlântica, os rejeitos de mineração também atingiram rios. Foram 114 quilômetros de cursos d'água da barragem de Bento Rodrigues até a represa de Candonga, em Rio Doce.
Equipes da SOS Mata Atlântica continuam as análises da tragédia. Uma expedição visita, desde domingo, municípios afetados pelos rejeitos. O objetivo é coletar sedimentos da água e monitorar a qualidade da água do Rio Doce e afluentes impactados. .