Mesmo com a preocupação com o zika vírus, a dengue não pode ser esquecida. Belo Horizonte já registrou 15.531 casos da doença, uma média de 45,1 casos por dia em 2015. O número ainda pode ser maior, já que 1.609 casos suspeitos ainda são analisados. O balanço, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), mostra que o mosquito Aedes aegypti continua proliferando, o que acende o alerta para a população combater os focos do inseto dentro das residências.
O balanço da Secretaria Municipal da Saúde mostra que foram notificados 28.028 casos suspeitos da doença. Destes, 12.497 foram descartados. A regional Norte é que apresenta o maior número de casos confirmados, com 3.039 no total. Em seguida, vem a Noroeste, com 2.812, Barreiro, 2.791, Nordeste, 1643, Venda Nova, com 1.164, Pampulha, com 1.116, Leste, 1.031, e Centro-Sul, 545.
A Secretaria informou que os casos vêm diminuindo ao longo do não. Dos 15.531 casos confirmados neste ano, segundo a pasta, 76% se concentraram nos meses de abril e maio (11.826), período de maior transmissão no ano. Após esses meses, foi verificada uma desaceleração no número de casos confirmados. Em junho foram confirmados 1.718casos (11% do total no ano) e em julho 347casos (2,2%).
Em Minas Gerais, o número de casos da doença já chega a 146.004. O último balanço foi divulgado na última sexta-feira pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Outros 35.723 casos estão sendo investigados. O número de confirmações já é quase três vezes mais do que o ano passado, quando foram registrados 49.360 casos. Fica atrás apenas de 2013, ano em que 368.387 pessoas foram infectadas pela doença. Em 2015, 67 pessoas morreram com a doença no estado.
Zika O número de casos de microcefalia em recém-nascidos que podem estar relacionados com o zika vírus aumentou em Minas Gerais. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou boletim, nessa quinta-feira, informando que desde 11 de novembro, 29 casos foram notificados. Um caso foi descartado por não ter relação com a doença e outros 28 seguem sendo investigados. Belo Horizonte investiga nove casos da doença.
O aumento no número de casos das duas doenças acende o alerta para o combate ao mosquito. De acordo com a Secretaria de Saúde, mais de 80% dos focos de Aedes aegypti estão dentro das casas. Em Belo Horizonte, a situação também é crítica. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) instalou armadilhas que simulam ambiente para procriação, instaladas semanalmente em diferentes pontos da capital para medir o nível de infestação. Foi detectada média de 60 ovos por unidade, no início de novembro, data do último resultado disponível. O número é três vezes maior que a média de 20 ovos registrada no mesmo período do ano passado.
O alerta aumenta nesta época do ano, que além do período chuvoso, há o aumento da temperatura, o que acelera a infestação do mosquito.