Uma nova esperança aos usuários do transporte público da capital. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou na tarde desta segunda-feira que propôs Ação Civil Pública (ACP), com pedido de liminar, contra o município de Belo Horizonte, BHTrans e consórcios Pampulha, BH Leste, Dez e Dom Pedro II, para impedir a concessão de aumento das tarifas de transporte público coletivo, tradicionalmente feita em dezembro.
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Julgamento do recurso sobre as passagens em BH é adiado e deverá ser realizado em 2016Defensoria quer derrubar aumento das passagens de ônibus em BH antes de novo reajusteSuspeitos de matar jovem em Vespasiano já tinham passagens pela polícia, diz delegado Defensoria Pública entra com novo recurso para derrubar aumento das passagens em BHMinistério Público entra com ação nesta segunda-feira contra reajuste das passagens de ônibusO Ministério Público afirmou ainda que o novo aumento, previsto em contrato, também não poderia considerar a variação de preços dos últimos 12 ou 24 meses, em razão de já ter havido a utilização da inflação de todo o 1º semestre de 2015 para justificar o reajuste de preço e o reequilíbrio da relação contratual em 30 de julho deste ano.
NOVELA Conforme o em.com.br informou na semana passada, um novo reajuste da passagem de ônibus em Belo Horizonte em dezembro, como tradicionalmente acontece anualmente, já preocupava a Defensoria Pública de Minas Gerais. A defensora Junia Roman Carvalho queria que o agravo impetrado para derrubar novamente o reajuste fosse julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) antes do recesso do Judiciário.
O agravo foi impetrado dias depois que o desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, presidente do TJMG, acatou recurso da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e suspendeu a liminar que impedia o reajuste. A decisão foi em 21 de outubro.
O impasse em torno do aumento das passagens se arrasta há meses. O reajuste tarifário estava programado inicialmente para 4 de agosto, mas, em 31 de julho, o juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 4ª Vara da Fazenda Municipal de BH, concedeu liminar à Defensoria Pública de Minas Gerais, impedindo o município e a BHTrans de alterar a tarifa por 180 dias. A PBH recorreu, e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) cassou os efeitos da liminar, em 7 de agosto. O aumento veio no dia seguinte.
Em 14 de setembro, o juiz Rinaldo Kennedy concedeu nova liminar que suspendeu o reajuste.