A unificação das barragens de Germano e do Fundão estava ainda em fase preliminar das licenças Prévia (LP) e de Instalação (LI) do empreendimento pela mineradora Samarco. No entanto, segundo o coordenador do Nucan Carlos Eduardo Ferreira Pinto, para que a obra saísse do papel seria necessária a aprovação de uma licença de Operação (LO), o que não chegou a ocorrer.
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Ministério Público quer quintuplicar multa da SamarcoSamarco assina acordo com MPMG para garantir abastecimento de água em GalileiaMariana recebe show de música sertaneja em prol das vítimas da tragédia com barragemCom a conclusão das obras, prevista para 2017, esperava-se expandir a área dos reservatórios de um total de 629,78 hectares (ha) para 831,29 ha, maior do que a área contida pela Avenida do Contorno, em Belo Horizonte.
Apesar de a alteração na altura do licenciamento parecer pequena, de apenas 20 metros, passando da altitude de 920 metros com relação ao nível do mar para 940, a vastidão dessa área permitiria ampliar significativamente a produção da mineradora. Do total alteado, 5 metros não poderiam ser utilizados para separar a linha de rejeitos do topo do maciço.
No licenciamento, consta a informação de que todos os documentos estavam em conformidade com o exigido para o seu requerimento e que a análise técnica foi conclusiva para concessão das licenças. Por meio de nota, a Semad informou que é de responsabilidade da Samarco encaminhar relatórios ao órgão estadual sobre a realização das obras, “o que estava sendo devidamente realizado. A fiscalização da segurança de barragens caberá à entidade outorgante de direitos minerários para fins de disposição final ou temporária de rejeitos”, informou a Semad, referindo-se ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Com Sandra Kiefer.