A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira em Congonhas, Minas Gerais, que seu governo, em parceria com os de Minas Gerais e do Espírito Santo, trabalha pela revitalização do Rio Doce, devastado pela lama de rejeitos da barragem da Samarco, que se rompeu no mês passado em Mariana.
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Doações em dinheiro para as vítimas de Mariana chegam a R$ 1 milhãoTJMG estende prazos para Samarco apresentar plano de emergência e esvaziar hidrelétricaAnálises do CPRM não registram níveis anormais de metais pesados no Rio DoceSamarco ganha mais prazo para depositar R$ 1 bilhão para reparar danos da tragédiaBombeiros encontram mais um corpo de vítima da tragédia de MarianaPesquisadores apontam concentração elevada de metais pesados ao longo do Rio DoceBombeiros cogitam encontrar corpo em caminhão soterrado na área da tragédia de Mariana"Nos importa transformar novamente o Rio Doce naquilo que ele foi outrora. Um local com margens reflorestadas e com nascentes preservadas, recuperando inteiramente o rio. Esse é um projeto que não se esgota no curto prazo, mas que começa no curto prazo e que se estende até que o rio seja de fato aquele rio que nós herdamos dos nossos ancestrais" , afirmou. Dilma porém, não detalhou quais serão os investimentos para que isso aconteça.
Dilma disse que a revitalização é uma das missões do seu governo, assim como a garantia do atendimento às vítimas e o trabalho para responsabilizar os culpados pelo desastre.
Dilma lembrou que a região é dependente da mineração e que o museu faz parte do projeto para aumentar a participação da cultura e do turismo na economia de Congonhas. "Compartilhamos com a população daqui o esforço de diversificar a economia, diminuindo a dependência da mineração. Este propósito ganho novo impulso após a tragédia em Mariana", disse.
Em seu discurso, Dilma ressaltou que o projeto do museu demorou 12 anos para se realizar e que nasce com o propósito de valorizar o patrimônio artístico nacional. "A intenção é tornar o museu um centro de referência para pesquisas sobre barroco e pedra sabão. É uma conquista para a cidade e população", afirmou.
A inauguração do museu faz parte das comemorações dos 30 anos da elevação do sítio histórico de Congonhas como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Foram gastos R$ 25 milhões na obra, sendo R$ 7,5 milhões da prefeitura de Congonhas e o restante financiado com recursos captados pela Lei Rouanet. O BNDES é um dos principais patrocinadores do museu, com a destinação de R$ 7,2 milhões. (Com Agência Estado).