A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça-feira em Congonhas, Minas Gerais, que seu governo, em parceria com os de Minas Gerais e do Espírito Santo, trabalha pela revitalização do Rio Doce, devastado pela lama de rejeitos da barragem da Samarco, que se rompeu no mês passado em Mariana.
"Nos importa transformar novamente o Rio Doce naquilo que ele foi outrora. Um local com margens reflorestadas e com nascentes preservadas, recuperando inteiramente o rio. Esse é um projeto que não se esgota no curto prazo, mas que começa no curto prazo e que se estende até que o rio seja de fato aquele rio que nós herdamos dos nossos ancestrais" , afirmou. Dilma porém, não detalhou quais serão os investimentos para que isso aconteça.
Dilma disse que a revitalização é uma das missões do seu governo, assim como a garantia do atendimento às vítimas e o trabalho para responsabilizar os culpados pelo desastre.
Dilma lembrou que a região é dependente da mineração e que o museu faz parte do projeto para aumentar a participação da cultura e do turismo na economia de Congonhas. "Compartilhamos com a população daqui o esforço de diversificar a economia, diminuindo a dependência da mineração. Este propósito ganho novo impulso após a tragédia em Mariana", disse.
Em seu discurso, Dilma ressaltou que o projeto do museu demorou 12 anos para se realizar e que nasce com o propósito de valorizar o patrimônio artístico nacional. "A intenção é tornar o museu um centro de referência para pesquisas sobre barroco e pedra sabão. É uma conquista para a cidade e população", afirmou.
A inauguração do museu faz parte das comemorações dos 30 anos da elevação do sítio histórico de Congonhas como Patrimônio Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Foram gastos R$ 25 milhões na obra, sendo R$ 7,5 milhões da prefeitura de Congonhas e o restante financiado com recursos captados pela Lei Rouanet. O BNDES é um dos principais patrocinadores do museu, com a destinação de R$ 7,2 milhões. (Com Agência Estado)