Um vendedor de cachorro-quente foi preso suspeito de abusar sexualmente de meninos entre 11 e 15 anos em Belo Horizonte. Ele foi apresentado na manhã desta quinta-feira. Segundo a Polícia Civil, André Rodrigues Fernandes, de 35 anos, confessou ter abusado de seis das 10 vítimas identificadas pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). A investigação revelou que ele atraía as crianças usando o comércio e também um perfil falso criado no Facebook.
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Conforme o delegado, André levava os meninos para casa para preparar os alimentos. Nesse período, ele usava videogames para distrair as vítimas, ou vídeos pornográficos, e cometia a violência sexual. Depois do ato, ele entregava de R$ 20 a R$ 50 para a criança ou adolescente.
Os investigadores também descobriram que ele usava a internet para aliciar as vítimas. André criou um perfil falso no Facebook se passando por uma adolescente de 16 anos. Fingindo ser a garota, ele enviava fotos de partes íntimas femininas e convidava os meninos para ir até sua casa, onde estaria sozinha.
DENÚNCIA Ainda de acordo com o delegado Bicalho, o vendedor ameaçava os meninos que queriam desistir de se relacionar com ele. Assustadas, algumas vítimas contaram para os pais. A investigação começou depois que três famílias procuraram a delegacia relatando os abusos. Os policiais levantaram informações das crianças e adolescentes vistos com André e chegaram ao número de 10 vítimas.
No entanto, André fugiu após descobrir que o pai de uma das crianças, revoltado, queria ir atrás dele. Ele já estava com a prisão temporária decretada. Já sabendo que o suspeito é da Bahia, a Polícia Civil de Minas emitiu um alerta para o estado e André acabou sendo preso em Itabatã, distrito da cidade de Mucuri.
Conforme o delegado, André confessou ter abusado sexualmente de seis vítimas. A polícia também apura se ele cometeu o crime contra o filho de uma mulher que ele conheceu em 2007. Na época, o menino tinha 7 anos. O abuso teria ocorrido já em 2014.
André foi autuado por estupro de vulnerável, estupro qualificado, favorecimento à prostituição (por oferecer dinheiro aos meninos), além dos crimes de pedofilia. Isso porque, segundo a polícia, ele armazenava imagens dos abusos sexuais. Na casa dele foi apreendido um pendrive com mais de 5 mil imagens de pornografia infantil e a polícia vai investigar se outras crianças e adolescentes que aparecem nas imagens também são vítimas dele. Se condenado, o somatório da pena pode chegar a 100 anos.
O delegado José César Bicalho acredita que a divulgação do caso pode revelar outras vítimas. Caso outras pessoas reconheçam André, elas devem procurar a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que fica na Avenida Nossa Senhora de Fátima, número 2175, no Bairro Carlos Prates. Os telefones de contato são (31) 3463-3073 e 2101-0078..