Um dos heróis brasileiros, presente entre os pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) que tomou Monte Castelo, na Itália, na Segunda Guerra Mundial, morreu neste domingo. O cabo João Batista Moreira tinha 93 anos e está sendo velado no Cemitério Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, na Região Oeste de Belo Horizonte. O enterro será realizado às 15h, após cortejo com homenagens e apresentação de representantes do exército.
De acordo com o presidente da Regional Belo Horizonte da FEB, Marcos Renault, a comitiva contará com jipes da época do confronto e representantes da entidade, com réplicas dos uniformes usados pelos pracinhas da companhia brasileira. Para Renault, João Batista Moreira era e continuará sendo um exemplo a ser seguido. "Precisamos nos espelhar nesses homens que nos representaram com tanta honra", diz.
Renault conta ainda que, além de exercer o cargo de presidente da entidade, se torna também amigo dos pracinhas. "Era um amigo querido e vai deixar lacuna muito grande. Ele tinha uma vontade de viver exemplar, uma pessoa de excelente caráter, retidão e patriotismo, como dificilmente se encontra hoje. Vai deixar saudade, mas fica como exemplo para todos que vivem", completa.
A página do Museu da FEB, da Associação Nacional dos Veteranos - Regional BH, no Facebook, prestou uma homenagem ao cabo João Batista Moreira. "Os verdadeiros heróis nunca morrem, na memória daqueles que os celebram", diz a publicação. Em fevereiro deste ano, uma cerimônia em Belo Horizonte homenageou os veteranos de guerra, lembrando os 70 anos das batalhas na Europa.
Herói brasileiro
Na parte baixa do Monte Castelo, os soldados brasileiros tinham a missão de derrubar as tropas inimigas para permitir o avanço das forças aliadas. Mas a ofensiva tinha a complexa missão de dominar o adversário, que estava em posição bastante favorável. Tanto é assim que as primeiras tentativas de ataque fracassaram. Por três vezes, os brasileiros foram batidos por alemães. Assim, o objetivo de dominar a região antes do inverno não vingou.
Em um dos ataques, o então cabo João Batista Moreira acompanhava a infantaria, mas, num erro de comunicação, os disparos da artilharia, que vinham logo atrás, acertavam o soldados do mesmo exército. Ele então foi designado pelo comandante a avisar o problema aos soldados da artilharia. “Moreira, você vai morrer, mas vai salvar a companhia”, disse o comandante. Em velocidade, ele aproveitava os buracos no solo feitos pela bombas de 155 mm do exército alemão para esconder-se entre um avanço e outro. “Uma bomba não pode cair duas vezes no mesmo lugar”, disse o cabo. Todo o esforço garantiu sobrevida aos militares da FEB. Apesar da valentia demonstrada em mais de uma ocasião, Moreira não pôde fazer muito ao ver de perto Frei Orlando ser morto com um tiro no peito depois de um disparo sem querer de um capitão brasileiro. (Com Pedro Rocha Franco)
De acordo com o presidente da Regional Belo Horizonte da FEB, Marcos Renault, a comitiva contará com jipes da época do confronto e representantes da entidade, com réplicas dos uniformes usados pelos pracinhas da companhia brasileira. Para Renault, João Batista Moreira era e continuará sendo um exemplo a ser seguido. "Precisamos nos espelhar nesses homens que nos representaram com tanta honra", diz.
Renault conta ainda que, além de exercer o cargo de presidente da entidade, se torna também amigo dos pracinhas. "Era um amigo querido e vai deixar lacuna muito grande. Ele tinha uma vontade de viver exemplar, uma pessoa de excelente caráter, retidão e patriotismo, como dificilmente se encontra hoje. Vai deixar saudade, mas fica como exemplo para todos que vivem", completa.
A página do Museu da FEB, da Associação Nacional dos Veteranos - Regional BH, no Facebook, prestou uma homenagem ao cabo João Batista Moreira. "Os verdadeiros heróis nunca morrem, na memória daqueles que os celebram", diz a publicação. Em fevereiro deste ano, uma cerimônia em Belo Horizonte homenageou os veteranos de guerra, lembrando os 70 anos das batalhas na Europa.
Herói brasileiro
Na parte baixa do Monte Castelo, os soldados brasileiros tinham a missão de derrubar as tropas inimigas para permitir o avanço das forças aliadas. Mas a ofensiva tinha a complexa missão de dominar o adversário, que estava em posição bastante favorável. Tanto é assim que as primeiras tentativas de ataque fracassaram. Por três vezes, os brasileiros foram batidos por alemães. Assim, o objetivo de dominar a região antes do inverno não vingou.
Em um dos ataques, o então cabo João Batista Moreira acompanhava a infantaria, mas, num erro de comunicação, os disparos da artilharia, que vinham logo atrás, acertavam o soldados do mesmo exército. Ele então foi designado pelo comandante a avisar o problema aos soldados da artilharia. “Moreira, você vai morrer, mas vai salvar a companhia”, disse o comandante. Em velocidade, ele aproveitava os buracos no solo feitos pela bombas de 155 mm do exército alemão para esconder-se entre um avanço e outro. “Uma bomba não pode cair duas vezes no mesmo lugar”, disse o cabo. Todo o esforço garantiu sobrevida aos militares da FEB. Apesar da valentia demonstrada em mais de uma ocasião, Moreira não pôde fazer muito ao ver de perto Frei Orlando ser morto com um tiro no peito depois de um disparo sem querer de um capitão brasileiro. (Com Pedro Rocha Franco)