Para ficar atento aos sintomas do zika vírus, o especialista esclarece: “São semelhantes aos da dengue e aos da chikungunya. O que diferencia um pouco é que o zika produz no paciente menos febre, mas ocorre com mais frequência o aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo, que costumam coçar. Podem ocorrer também dores articulares e vermelhidão nos olhos”.
O uso de repelentes para afastar o mosquito é um cuidado paliativo, mas que funciona, segundo o médico. “Temos que insistir muito na importância das medidas contra a multiplicação do vetor, o Aedes aegypti.
O especialista explica que o repelente deve ser usado por cima da maquiagem ou do protetor solar. “Quando o repelente é bloqueado por algum outro produto, pode ter a ação muito diminuída. Por isso deve ser o último a ser usado sobre a pele, mas não deve ser aplicado logo após o uso dessas outras substâncias. Ao se aplicar um protetor solar, deve-se aguardar em torno de 15 a 20 minutos para que fixe bem na pele, antes de usar o produto que afasta mosquitos. Se for aplicado logo depois, os dois se misturam e um produto pode prejudicar o outro”, disse.
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Defesa contra vírus zika vira desafio em Belo Horizonte Sobe para 33 o número de casos de microcefalia associada ao zika vírus em MGBom Despacho investiga dois casos de zika vírusApós alerta contra o zika vírus, Minas registra caso de síndrome de Guillain BarréPrefeitura de BH vai publicar decreto para se antecipar à ameaça de epidemia pelo zikaA época do ano com maior chance de contágio são os períodos chuvosos e quentes, como é o verão, que começa oficialmente amanhã, quando há mais proliferação dos mosquito. “Geralmente, há muita chuva em dezembro, janeiro e fevereiro, com grande proliferação de mosquito. A maior transmissão de dengue ocorre em meados de março e abril”, disse Argus.
"ZONA QUENTE" Grávidas que têm viagem marcada para o Nordeste do país, considerado a “zona quente” em circulação do zika vírus, devem redobrar os cuidados, alerta o infectologista. “Quem vai viajar para lá deve, sim, tomar cuidados como usar repelentes e qualquer método de barreira contra o mosquito, usar calças compridas e sapatos fechados”, recomenda.
A Secretaria de Saúde de Minas informou que ainda não há identificação da circulação de zika vírus no estado. Foram notificados, de 11 de novembro até 16 de dezembro deste ano, 41 casos de microcefalia em Minas, distribuídos em 24 municípios, e 35 estão sendo investigados para que se determine a causa da malformação, que pode estar ou não associada ao vírus. Em seis episódios, a relação foi descartada.
Transfusão é nova suspeita
O Ministério da Saúde investiga o primeiro caso de transmissão de zika vírus por transfusão de sangue. O paciente diagnosticado com a doença foi um morador de Sumaré (SP), que fez uma doação de sangue antes de ter os sintomas.