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Estado de Minas

Segurança que matou flanelinha no Bairro São Bento alega legítima defesa

Mizael Rodrigues de Morais, de 39 anos, diz que deu um golpe com pedaço de madeira no guardador de carros depois de uma discussão


postado em 21/12/2015 18:23 / atualizado em 21/12/2015 21:42

O segurança que matou um flanelinha com golpes de um bastão de madeira alegou legítima defesa. Mizael Rodrigues de Morais, de 39 anos, que fazia a vigilância para mais de 280 famílias do Bairro São Bento, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, alega que o guardador de carros e ele tinham uma rixa antiga. O vigia contou que o homem trabalhava no local e que estava passando informações para ladrões de carros de moradores com materiais esquecidos dentro. Mizael se entregou à polícia e foi apresentado no fim da tarde desta segunda-feira.

O assassinato ocorreu por volta das 10h, em frente a um shopping do Bairro São Bento. A Polícia Militar (PM) recebeu um chamado informando que um homem acabava de ser atacado a pauladas na esquina das ruas Professor José Renault e Cônsul Antônio Cadar. Viaturas do 22º Batalhão seguiram para o endereço e, ao chegar, encontraram a vítima, conhecido apenas como Leonardo e apelido de Paulista, inconsciente, caída no passeio. Equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no local e constatou que Paulista já estava morto.

Testemunhas informaram que a vítima estava em frente ao shopping e que o segurança surgiu por uma das ruas laterais. Ele caminhou em direção a Paulista com um pedaço de pau na mão, atravessou a rua, e, sem dizer nada, golpeou-lhe a cabeça. O agredido já caiu desacordado.

Depois do crime, Mizael fugiu do local. A Polícia Civil conseguiu o contato telefônico do segurança e ligou para ele. Na ligação, o vigia confessou o crime. Ele foi levado para a delegacia, onde foi ouvido formalmente. Segundo a delegada Alice Batello, da Delegacia Especializada de Homicídios Leste, Mizael alegou legítima defesa. “Na versão apresentada, ele diz que não tinha intenção de matar o flanelinha. Afirmou que pretendia assustá-lo, já que Paulista tinha o costume de andar armado com uma faca”, comentou.

Segundo a Polícia Civil, Mizael alegou que já tinha uma rixa antiga com o homem. Nesta manhã, os dois começaram a discutir. O segurança, então, foi até o condomínio residencial, pegou o porrete e atingiu a nuca da vítima. O viga afirma que sua intenção era um golpe nas costas do guardador de carros.

A advogada do segurança informou que vai entrar com um pedido de soltura para Mizael, alegando legítima defesa. Além disse, vai argumentar que o cliente tem residência e emprego fixos e não tem antecedentes criminais.

O corpo do guardador segue no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. A polícia conseguiu contato com a mãe dele, que mora em Sabará, na região metropolitana. Segundo ela, o filho saiu de casa há algumas semanas e foi morar na rua. A mãe também contou que ele era usuário de drogas.


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