O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vai instaurar inquérito em janeiro para apurar a responsabilidade da Vale na tragédia de Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A informação foi confirmada pelo promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira da Comissão Extraordinária de Barragens. A barragem se rompeu em 5 de novembro, deixando 17 mortos, dois desaparecidos. Essa foi a maior destruição ambiental da história do Brasil.
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A hipótese de acidente já foi descartado pela promotoria. Entre as causas, está a omissão nas fiscalizações. “Descartamos a hipótese de acidente.
Posicionamento da Samarco
Representantes da mineradora participaram da audiência. Eles foram questionados sobre a ajuda aos moradores atingidos. A empresa firmou que já cadastrou mais de mil famílias que já estão recebendo pagamentos mensais. Disse, ainda, que adota “uma governança de direitos humanos de longa data” e participa do pacto global da ONU no que tange a práticas de direitos humanos.
A Samarco afirmou, também, que está empenhada no plano de recuperação dos locais atingidos pela lama. Segundo a empresa, pontes de acesso às comunidades foram reconstruídas.
Investigação Polícia civil
O delegado Regional de Ouro Preto, Rodrigo Bustamante, responsável pelo inquérito da Polícia Civil, afirmou que já ouviu 70 pessoas. Entre eles, está o depoimento do prefeito de Mariana, Duarte Eustáquio Gonçalves Júnior, que enumerou os prejuízos sofridos pelo município em decorrência do acidente e apresentou documentos oficiais que quantificam as perdas financeiras. Segundo o administrador municipal, Mariana ficou economicamente abalada depois da passagem da avalanche de rejeitos. (Com informações da ALMG).