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Museu de BH acolhe o visitante de forma pedagógica

Memorial Minas Gerais Vale e Museu de Artes e Ofícios são premiados pelo trabalho que acompanha a pessoa na viagem pelo acervo


postado em 22/12/2015 06:00 / atualizado em 22/12/2015 10:18

Visitas guiadas no Museu de Artes e Ofícios: trabalho contribui para a formação de crianças, jovens e adultos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Visitas guiadas no Museu de Artes e Ofícios: trabalho contribui para a formação de crianças, jovens e adultos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

Transformar os museus em espaços tão divertidos quanto os parques, tão interativos quanto os jogos eletrônicos e tão atrativos quanto as mídias sociais. Para agradar às pessoas de 8 a 80 anos, os museus mineiros investem no educativo, o setor responsável por receber os visitantes e acompanhá-los na viagem pelo acervo. O trabalho do Memorial Minas Gerais Vale e do Museu de Artes e Ofícios (MAO) foi premiado no 6º Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus, do Programa Ibermuseus. As instituições conquistaram o primeiro e o segundo lugares da categoria para projetos em fase de implantação e planejamento. “Contribuir para a formação de crianças, jovens e adultos faz parte de nossa responsabilidade de democratização do acesso à cultura. O prêmio é o reconhecimento do trabalho que desenvolvemos”, diz a coordenadora do setor educativo do Museu de Artes e Ofícios (MAO), Naila Mourthé.

O acolhimento ao visitante de forma pedagógica é a aposta do MAO. O projeto “Olhares do patrimônio: a valorização e preservação do patrimônio cultural através da fotografia”, que será desenvolvido no próximo ano, possibilitará a descoberta do patrimônio cultural por meio da apreciação e captura de imagens. Os estudantes poderão conhecer o acervo fotográfico para depois registrar imagens relacionadas a essas que são encontradas nas comunidades. “O projeto aposta no potencial da linguagem fotográfica, estimulando e canalizando-a para uma forma de aprendizagem”, afirma Naila.

O acervo do MAO conta a história do trabalho no Brasil no período pré-industrial. “O acervo apresenta diferentes profissões, mostrando a importância de todas as pessoas. Em muitos museus, o acervo é baseado na excepcionalidade, raridades. O MAO mostra o que é simples, do cotidiano, trabalhadores anônimos”, diz. Por essa razão, há uma identificação do visitante com o que é apresentado. Neste ano, o educativo recebeu 1,7 mil grupos escolares. Trata-se de uma equipe multidisciplinar com educadores, pedagogos e intérpretes em libras. Um dos propósitos do educativo é possibilitar que o acervo possa ser apreciado por um público diverso e, para isso, uma das apostas é a acessibilidade. Muitas exposições são decodificadas em libras. Para o próximo ano, estão sendo estudadas metodologias para que os deficientes visuais possam também fotografar. O projeto deverá atender pelo menos a 10 escolas, totalizando mais de 1,5 mil estudantes.

O Memorial Minas Gerais foi premiado pelo projeto que apresenta a cultura afro-brasileira e contribuição para o Brasil. Intitulado “Memorial itinerante – Africanidades”, o projeto prevê o deslocamento de parte do acervo para quatro municípios no interior: Itabira, Rio Piracicaba, Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo. “Vieram até a gente. Agora vamos até eles”, afirma o gestor do memorial, Wagner Tameirão. A proposta é fomentar a reflexão sobre questões étnico-raciais e a apropriação das matrizes africanas presentes na sociedade brasileira. A iniciativa inclui exposições, equipamento audiovisual e peças de acervo, além de um programa de formação em relações étnico-raciais para 136 profissionais da área de educação para a comunidade. “No memorial, temos diversos percursos e o de africanidades é o mais amadurecido no educativo”, destacou. Em 2015, o educativo acompanhou a visita de 29 mil pessoas.

A 6ª edição do Prêmio Ibero-Americano de Educação e Museus recebeu 147 projetos de 12 países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, México, Peru, Portugal e Uruguai.

 

SERVIÇO
Memorial Minas Gerais Vale
Praça da Liberdade, 640
Horário de funcionamento: terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quintas, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingos, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.

Museu de Artes e Ofícios
(Praça da Estação, Centro, Belo Horizonte)
Horários de visitação:
. Terça e sexta-feira, das 12h às 19h
. Quarta e quinta-feira, das 12h às 21h – sendo que das 17h às 21h, a entrada é franca
. Sábado, domingo e feriado, das 11h às 17h – sendo que sábado a entrada é franca
Valor da entrada: R$ 5, com meia-entrada conforme a Lei. Professores e estudantes têm entrada franca.

 


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