Há 17 anos, a Oficina de Imagens executa projetos que visam à garantia dos direitos humanos de crianças, adolescentes e jovens. Com o propósito de que os envolvidos se insiram em políticas públicas, a organização conta com mais de 10 projetos que prestam serviços de formação pessoal e promoção da cidadania, além de desenvolver metodologias e ações experimentais no campo da comunicação e do audiovisual.
Um dos projetos da Oficina é o Cineclube Sabotage (foto), que tem como finalidade construir uma cultura de cinema associada à educação para os direitos humanos. Promove sessões de cinema comentadas em escolas públicas municipais e espaços culturais de Belo Horizonte e cidades do interior do estado, estimulando o acesso à produção cinematográfica brasileira do circuito não comercial. Cerca de 13 mil pessoas já participaram das sessões de cinema seguidas por debates e oficinas culturais. O público do Cineclube Sabotage atende crianças, adolescentes, jovens e adultos e estudantes.
Lar dos cegos
A Associação de Cegos Louis Braille, sem fins lucrativos, uma das mais antigas do Brasil, foi criada em 1933. Localizada em uma casa na Rua Geraldo Teixeira da Costa, 202, Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, a instituição busca a integração social de pessoas cegas e de visão subnormal, além da realização de atividades assistenciais, educativas e profissionalizantes para reconstruir a autoestima e o bem-estar de pessoas que perderam a visão durante a vida. Por falta de recursos, a instituição deixou de promover diversas atividades. Porém, mantém ainda as aulas de informática gratuitas para cegos em condição de carência. Essas aulas têm como objetivo ensinar o deficiente visual a digitar, utilizar os recursos do computador e realizar buscas na internet.
O presidente da associação, Caio Múcio Barbosa Pimenta, é voluntário há 25 anos e diz se surpreender a cada dia com as pessoas que passam pelo local. Ele afirma que ama o que faz e aconselha que todos procurem fazer trabalhos que beneficiem os outros e a si próprios. “É um ensinamento mútuo, aprendo com eles todos os dias”, afirma. “Para dar certo, cada um deve fazer a sua parte. Para construir um castelo, precisamos que cada um ajude com um tijolo.”