O número de casos de pedofilia registrados em Belo Horizonte caiu, assim como no interior do estado, na comparação de 2015 com o ano passado. No período de janeiro a novembro deste ano, a capital teve 289 casos contra 351, no mesmo período, em 2014. Os números representam uma redução de 17,6% nas ocorrências.
O mesmo comportamento é observado, no período de janeiro a novembro deste e do último ano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no interior no estado. Na RMBH, foram 412 casos, em 2014, e 397 em 2015. Já no interior, os registros passaram de 2.118 crimes, em 2014, para 1.948, em 2015. Com isso, o registro geral em Minas Gerais, no mesmo intervalo, foi de 2.634 crimes registrados neste ano, contra 2.948 no ano passado, uma redução de 10,7%.
De acordo com o chefe da DOPCAD, delegado Ronald Gouveia, a polícia direciona o trabalho tanto para a apuração de casos que envolvam adolescentes na condição de autores de ato infracional, quanto para casos em que crianças e adolescentes tenham sido vítimas de crimes.
“A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) é o setor que cuida dos casos que têm o jovem como vítima de violência, maus tratos, abandono, abuso, entre outros crimes. Nosso objetivo é apresentar uma resposta rápida e eficiente, por meio da apuração de tais crimes, para que os autores sejam devidamente punidos", ressalta Gouveia.
"Para isso, o atendimento é feito por equipe especializada não só de policiais, mas também de outras áreas, como psicólogos e assistentes sociais, e o fato de haver uma delegacia devidamente estruturada nos permite apresentar essa resposta eficiente e, como consequência, a queda deste tipo de ocorrência”, completa o delegado.
Para Gouveia, as famílias têm que ser aliadas para ajudar a prevenir os crimes de pedofilia. O delegado considera fundamental que os pais estejam atentos e preservem as crianças e adolescentes, evitando sua exposição a riscos que podem ser minimizados. “A responsabilidade dos pais na educação compreende, portanto, o acompanhamento das amizades do filho, seja no mundo real ou virtual. Permitir o acesso da criança ou adolescente às redes sociais sem nenhum tipo de controle é, com certeza, fator de exposição desses jovens a situações de risco”, orienta Gouveia.