O presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, prestou depoimento na manhã desta quarta-feira na sede da Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da minerado. O depoimento estava marcado para as 9h30, mas a empresa disse não ter detalhes da oitiva.
A corporação abriu inquérito para investigar crimes ambientais provocados pela tragédia com a Barragem do Fundão, que rompeu em 5 de novembro e deixou 17 mortos e dois desaparecidos. Um dos crimes que pode ser imputado aos investigados, com pena prevista de um a cinco anos de prisão, é “causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade”, como aconteceu em Governador Valadares.
Em 16 de dezembro, uma equipe da Polícia Federal percorreu a área atingida pelo desastre para recolher amostras de rejeitos. O pedido de apuração por parte da PF foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com a polícia, a abertura de inquérito aconteceu porque os rejeitos atingiram o Rio Doce, que é bem da União, já que banha mais de um Estado. A corporação vai apurar os possíveis crimes previstos no artigo 54, § 2º, incisos I, II e III, e 62, da Lei nº 9.605/98, que trata de delitos ambientais.