O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) começa a convocar a partir de janeiro donos de imóveis fechados e de lotes vagos para que seja feita vistoria contra focos do Aedes aegypti. Essa é uma das várias parcerias do grupo executivo formado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para acabar com criatórios do transmissor da dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus. De acordo com o coordenador municipal de Defesa Civil (Comdec), coronel Alexandre Lucas, foi feito um acordo com a Promotoria de Urbanismo e do Meio Ambiente, que vai convocar os proprietários de casas fechadas e de lotes que não forem limpos. Esse é um dos vários desdobramentos do decreto que oficializa o estado de emergência na cidade para combate ao vetor, antecipado pelo Estado de Minas, e publicado ontem no Diário Oficial do Município, determinando um esforço conjunto de pelo menos seis meses contra o inseto. Uma das metas é vistoriar 100% dos imóveis da cidade até janeiro, conforme meta estipulada pelo Ministério da Saúde.
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Após alerta contra o zika vírus, Minas registra caso de síndrome de Guillain BarréAcordo com a Justiça garante moradia e renda para vítimas de MarianaBH tem 13 casos suspeitos de microcefalia por zika vírusAno termina com batalha contra Aedes aegypti, que agora carrega o zika vírusO segundo pilar é o da mobilização, segundo o coordenador da Defesa Civil. “Vamos mobilizar toda a sociedade para que faça a proteção comunitária. O prefeito se reuniu com pastores evangélicos, padres católicos e outros líderes religiosos para conclamá-los a liderar uma guerra semanal contra o mosquito”, disse o coronel.
Os setores industrial e da construção civil também serão parceiros, segundo o coronel. Por meio das reuniões que acontecem diariamente das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), os trabalhadores serão orientados, pelo menos uma vez por semana, a proteger suas casas contra o mosquito. “São dez minutos antes de começar o trabalho.
ALARME Uma novidade, segundo ele, é que a PBH, via Prodabel, está desenvolvendo um aplicativo de celular que vai lembrar a população sobre essa necessidade. O serviço começa a ser testado no fim da semana que vem, para começar a funcionar no início de janeiro. “O aplicativo vai lembrar a pessoa toda semana de que ela tem que fazer um check-list. O aplicativo vai despertar e avisar que é hora de eliminar os focos do mosquito e sugerir o que deve ser checado”, disse o coronel.
A terceira estratégia é a amplitude operacional. “O nosso pessoal da Defesa Civil já atende o telefone 199 e manda vistoriadores para as casas para olhar riscos construtivos e geológicos.
Mas, para o coronel, de nada vai adiantar o trabalho da prefeitura e dos governos estadual e federal se cada um não fizer a sua parte. “Não podemos condenar uma geração inteira à microcefalia. A gente não permitir que alguém da nossa família fique numa cadeira de rodas, que a dengue mate pessoas ao nosso redor. Qualquer denúncia deve ser feita pelo telefone 156”.