A Samarco não deve reconstruir a barragem de rejeitos do Fundão, que rompeu em 5 de novembro, causando 17 mortes e deixando duas pessoas desaparecidas em Bento Rodrigues, na cidade de Mariana, Região Central do estado. A informação foi confirmada neste sábado pela assessoria de imprensa da mineradora, informando que "não há intenção" de reconstruir o dique.
"A empresa esclarece que as investigações sobre o acidente estão sendo realizadas pelos órgãos competentes e está colaborando ativamente neste processo", informou a empresa, por meio de nota.
Nesta semana, a mineradora já havia comunicado a execução de obras para reforço das estruturas remanescentes da Barragem do Fundão, bem como a construção dos diques de contenção de rejeitos. Conforme a empresa, as obras estão dentro do cronograma previsto, e as barragens se encontram estáveis, monitoradas 24 horas por dia.
Em 23 de dezembro, o presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, na sede da Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte. Detalhes da oitiva não foram divulgados.
A corporação abriu inquérito para investigar crimes ambientais provocados pela tragédia com a Barragem do Fundão, que rompeu em 5 de novembro e deixou 17 mortos e dois desaparecidos. Um dos crimes que pode ser imputado aos investigados, com pena prevista de um a cinco anos de prisão, é “causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade”, como aconteceu em Governador Valadares.